sábado, 31 de outubro de 2015

Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa

DOMINGO XXXI do Tempo Comum




(Domingo, 1 de Novembro de 2015)


Dia de todos os Santos
«Os Santos, tendo atingido pela multiforme graça de Deus a perfeição e alcançado a salvação eterna, cantam hoje a Deus no Céu, o louvor perfeito e intercedem por nós.
A Igreja proclama o mistério pascal, realizado na paixão e glorificação deles com Cristo, propõe aos fiéis os seus exemplos, que conduzem os homens ao Pai por Cristo; e implora, pelos seus méritos, as bênçãos de Deus.
Segundo a sua tradição, a Igreja venera os Santos e as suas relíquias autênticas, bem como as suas imagens. É que as festas dos Santos proclamam as grandes obras de Cristo nos Seus servos e oferecem aos fiéis os bons exemplos a imitar» (Constituição Litúrgica, n.º 104 e 111).

Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa


LEITURA I – Ap 7, 2-4.9-14

Vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas

O aspecto positivo do grande Dia é a salvação. O povo de Deus é protegido no julgamento. A marca na fronte é o sinal da salvação e da presença de Deus. O povo de Deus é apresentado como o Israel total e perfeito. É um povo incontável (versículo 9), porque a salvação está aberta para todos os homens (gente de todas as nações, tribos, povos e línguas). O povo de Deus reconhece que a salvação vem de Deus e do Cordeiro. Não são as coisas e nem os homens absolutizados que salvam. Unido aos anjos e à criação, o povo de Deus adora a Deus e reconhece que a plenitude do louvor pertence somente a Ele. João enfatiza a salvação do povo de Deus. A grande tribulação são as perseguições. A veste branca significa a participação no testemunho de Jesus. O Apocalipse foi escrito para encorajar as comunidades cristãs a perseverar no meio de grande sofrimento. O texto deste domingo reflecte o testemunho dado por uma multidão de cristãos diante da violenta perseguição desencadeada pelo imperador Nero ao redor do ano 65. A visão é um recurso próprio do género apocalíptico para revelar o que os olhos da fé captam por trás dos acontecimentos. As comunidades perseguidas, mergulhadas em profunda dor, gritam por justiça. Deus intervém a seu favor. Os anjos são seus justiceiros. Devem, no entanto, respeitar todos os que são assinalados. A cena lembra a saída do povo do Egipto, quando as casas dos escravos hebreus foram marcadas com o sangue do cordeiro para serem protegidas da vingança divina. As 144 mil pessoas assinaladas (12 x 12 x 1.000) representam a totalidade dos servos e servas de Deus, tanto da primeira aliança como da segunda. São todas as que não se contaminam com a ideologia dos poderosos. São as que permanecem fiéis ao plano de Deus a ponto de entregar a própria vida, como fez Jesus, o Cordeiro imolado. Esse é o sentido das vestes brancas. Deus é o protector e salvador dos pequeninos, dos indefesos e dos perseguidos por causa da justiça. São milhares de “todas as nações, tribos, povos e línguas”. Pertencem a todas as tradições religiosas. Com coragem e perseverança, seguem o caminho do bem e lutam por um mundo de fraternidade. Nós, cristãos, recebemos a marca do baptismo, que nos torna servos e servas de Deus. Somos convocados a perseverar no seguimento de Jesus; somos chamados a ser santos, vivendo e anunciando os valores evangélicos da misericórdia, da mansidão, da justiça, da paz...

Leitura do Apocalipse de São João
“Eu, João, vi um Anjo que subia do Nascente, trazendo o selo do Deus vivo.
Ele clamou em alta voz aos quatro Anjos a quem foi dado o poder de causar dano à terra e ao mar:
«Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus».
E ouvi o número dos que foram marcados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.
Depois disto, vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas.
Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
E clamavam em alta voz:
«A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro».
Todos os Anjos formavam círculo em volta do trono, dos Anciãos e dos quatro Seres Vivos.
Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra, e adoraram a Deus, dizendo:
«Amen! A bênção e a glória, a sabedoria e a acção de graças, a honra, o poder e a força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amen!».
Um dos Anciãos tomou a palavra e disse-me:
«Esses que estão vestidos de túnicas brancas, quem são e de onde vieram?».
Eu respondi-lhe:
«Meu Senhor, vós é que o sabeis».
Ele disse-me:
«São os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas  e as branquearam no sangue do Cordeiro».”
Palavra do Senhor

LEITURA II – Jo 3, 1-3

Veremos a Deus tal como Ele é

João começa novo tema: Deus é justo. Jesus Cristo manifestou inteiramente a Deus porque, através de sua vida, mostrou concretamente o que é a justiça divina. Do mesmo modo, quem pratica a justiça mostra que é filho do Deus justo, a semelhança de Jesus. Não basta ser baptizado para ser filho de Deus: é preciso praticar a justiça, Essa realidade, porém, ainda está em crescimento, e só se realizará totalmente quando puderem contemplar toda a glória de Jesus Cristo. O mundo não reconhece o Deus justo, porque o princípio que rege a vida do mundo é a injustiça. Desse modo, o mundo considera como inimigos perigosos o Deus justo e seus filhos que revelam a justiça. O amor de Deus não tem limites. Ele fez de nós participantes de sua própria natureza divina. Somos seus filhos e filhas já neste tempo transitório e o seremos plenamente na ressurreição. Essa verdade tão bela nos enche de dignidade e nos impulsiona a viver de acordo com a vocação divina. O jeito divino de viver não se conforma com os sistemas baseados no domínio de uns sobre os outros e sobre a criação. Como fez Jesus, os cristãos devem posicionar-se de forma clara a favor de uma sociedade onde reine o amor fraterno, pois “quem diz que ama a Deus e odeia o seu irmão é um mentiroso” (1Jo 4,20). As pessoas que vivem de modo coerente com o evangelho se confrontam com os interesses egoístas dos que dominam este mundo. Jesus preveniu seus discípulos de que seriam perseguidos, presos e até mortos. Os que sofrem por causa da fidelidade aos valores evangélicos fazem parte dos bem-aventurados...

Leitura da Primeira Epístola de São João
“Caríssimos:
Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus.
E somo-lo de facto.
Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser.
Mas sabemos que, na altura em que se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porque O veremos tal como Ele é.
Todo aquele que tem n’Ele esta esperança purifica-se a si mesmo, para ser puro, como Ele é puro.”
Palavra do Senhor

EVANGELHO – Mt 5, 1-12a

Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa

As bem-aventuranças são o anúncio da felicidade, porque proclamam a libertação, e não o conformismo ou a alienação. Elas anunciam a vinda do Reino através da palavra e acção de Jesus. Estas tornam presente no mundo a justiça do próprio Deus. Justiça para aqueles que são inúteis ou incómodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime. Os que buscam a justiça do Reino são os “pobres em espírito”. Sufocados no seu anseio pelos valores que a sociedade injusta rejeita, esses pobres estão profundamente convictos de que eles têm necessidade de Deus, pois só com Deus esses valores podem vigorar, surgindo assim uma nova sociedade. A santidade é uma meta a ser atingida por todos os cristãos. Ninguém é excluído deste apelo nem pode eximir-se de dar sua resposta. Mas importa nutrir um ideal sadio de santidade, sem se deixar levar por falsas concepções. Ser santo é ser capaz de colocar-se totalmente nas mãos do Pai, contar com ele, sabendo-se dependente dele. Por outro lado, é colocar-se a serviço dos semelhantes, fazendo-lhes o bem, como resposta aos benefícios recebidos do Pai. O enraizamento em Deus desabrocha em forma de misericórdia para com o próximo. A santidade constrói-se no ritmo da entrega da própria vida nas mãos do Pai, explicitada no serviço gratuito e desinteressado aos demais, deixando de lado os interesses pessoais e tudo quanto seja incompatível com o protejo de Deus. Este ideal não é inatingível. E se constrói nas situações mais simples nas quais a pessoa é chamada a ser bondosa, a não agir com dolo ou fingimento, a criar canais de comunicação entre os desavindos, a superar o ódio e a violência, a cultivar o hábito da partilha fraterna, a ser defensor da justiça. Qualquer cristão, no seu dia-a-dia, tem a chance de fazer experiências deste género. Se o fizer, com a graça de Deus, estará dando passos decisivos no caminho da bem-aventurança. Mateus, em seu evangelho, apresenta a proclamação das bem-aventuranças como sendo as primeiras palavras de Jesus dirigidas às multidões, no início de seu ministério. Estas bem-aventuranças são uma proposta de felicidade a ser encontrada na união de vontade com Deus a partir das práticas amorosas acessíveis a todos. Não se trata da prática de virtudes pessoais, ascéticas ou morais, para um aperfeiçoamento individual. As bem-aventuranças são a felicidade alcançada por aqueles que entram em comunhão de vida com os irmãos, particularmente os mais excluídos, em um processo solidário e fraterno de libertação e restauração da dignidade humana. As bem-aventuranças não têm o mesmo carácter que os mandamentos. Elas são um convite e uma proposta de vida nova, na prática da justiça que conduz à paz. À prática das bem-aventuranças todos são chamados, sem elitismos ou exclusões, particularmente os mais simples e humildes. A primeira bem-aventurança apresenta a pobreza, na forma de desapego concreto dos bens terrenos, como a característica fundamental do Reino. As duas bem-aventuranças seguintes apontam para as vítimas da sociedade injusta: os que choram e os submissos ("mansos") aos quais o amor de Deus traz a libertação. Seguem-se quatro bem-aventuranças activas em vista da transformação da sociedade: a fome e a sede da justiça, que são a vontade de Deus; a misericórdia, que impulsiona à acção solidária; a pureza do coração, que supera a pureza ritual e acolhe a todos, e os promotores da paz em vista da construção de um mundo sem ambição e violência daqueles que tiram o alimento dos pobres para transformá-lo em armas de destruição maciça diante da consolidação de um império mundial. As duas últimas bem-aventuranças retomam o tema da justiça, exaltando sua grandeza e advertindo sobre a repressão a que estarão sujeitos os que a buscam. Neste mundo em que a violência é alimentada pela ambição dos poderosos, a prática das bem-aventuranças aponta para novos rumos em vista da comunhão fraterna, da solidariedade mundial e da conquista da paz.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
“Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se.
Rodearam-n’O os discípulos e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os humildes, porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa».”
Palavra da Salvação



sábado, 24 de outubro de 2015

Que eu veja

DOMINGO XXX do Tempo Comum




(Domingo, 25 de Outubro de 2015)


Que eu veja


LEITURA I – Jer 31, 7-9

Vou trazer de novo o cego e o coxo entre lágrimas e preces

Esta leitura refere-se, em primeiro lugar ao fim do exílio do povo de Deus em Babilónia. Mas ela é, ao mesmo tempo, o quadro onde encontram lugar todos os que sofrem e procuram salvação. Hoje, como então, a palavra de Deus anuncia essa salvação. O Senhor quer reunir todos os homens e de todos fazer um só povo, o seu povo. Para isso, chama-os das situações mais humilhantes em que eles se encontram, e oferece-lhes a vida nova que Cristo nos trouxe.

Leitura do Livro de Jeremias
“Eis o que diz o Senhor: «Soltai brados de alegria por causa de Jacob, enaltecei a primeira das nações. Fazei ouvir os vossos louvores e proclamai: ‘O Senhor salvou o seu povo, o resto de Israel’. Vou trazê-los das terras do Norte e reuni-los dos confins do mundo. Entre eles vêm o cego e o coxo, a mulher que vai ser mãe e a que já deu à luz. É uma grande multidão que regressa. Eles partiram com lágrimas nos olhos e Eu vou trazê-los no meio de consolações. Levá-los-ei às águas correntes, por caminho plano em que não tropecem. Porque Eu sou um Pai para Israel e Efraim é o meu primogénito».”
Palavra do Senhor

LEITURA II – Hebr 5, 1-6

Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec

Jesus é, junto do Pai, sacerdote de toda a humanidade e não já de um só povo apenas. E não é sacerdote como os da Antiga Aliança, que morriam e tinham de ser substituídos. Jesus é sacerdote de outra maneira, à maneira de Melquisedec, aquela figura misteriosa que saiu ao encontro de Abraão, sem que se lhe conheça nem a origem nem o fim, imagem por isso de Jesus, sacerdote eterno, porque está vivo para sempre.

Leitura da Epístola aos Hebreus
“Todo o sumo-sacerdote, escolhido de entre os homens, é constituído em favor dos homens, nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Ele pode ser compreensivo para com os ignorantes e os transviados, porque também ele está revestido de fraqueza; e, por isso, deve oferecer sacrifícios pelos próprios pecados e pelos do seu povo. Ninguém atribui a si próprio esta honra, senão quem foi chamado por Deus, como Aarão. Assim também, não foi Cristo que tomou para Si a glória de Se tornar sumo-sacerdote; deu-Lha Aquele que Lhe disse: «Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei», e como disse ainda noutro lugar: «Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec».”
Palavra do Senhor

EVANGELHO – Mc 10, 46-52

Mestre, que eu veja

A profecia da primeira leitura, dizendo que entre os retornados do exílio estaria o cego, realiza-se em Jesus Cristo. O cego, proclamando-O “Filho de David”, reconhece n’Ele o Messias. Jesus, curando-o, recompensa a sua fé; mas simultaneamente mostra que os tempos do Messias e da salvação por Ele oferecida a todos os homens tinham chegado ao meio deles.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
“Naquele tempo, quando Jesus ia a sair de Jericó com os discípulos e uma grande multidão, estava um cego, chamado Bartimeu, filho de Timeu, a pedir esmola à beira do caminho. Ao ouvir dizer que era Jesus de Nazaré que passava, começou a gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim». Muitos repreendiam-no para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David tem piedade de mim». Jesus parou e disse: «Chamai-o». Chamaram então o cego e disseram-lhe: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te». O cego atirou fora a capa, deu um salto e foi ter com Jesus. Jesus perguntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». O cego respondeu-Lhe: «Mestre, que eu veja». Jesus disse-lhe: «Vai: a tua fé te salvou». Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho.”
Palavra da Salvação



sábado, 17 de outubro de 2015

O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir…

DOMINGO XXIX do Tempo Comum




(Domingo, 11 de Outubro de 2015)

– Dia de São Lucas

O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir…


LEITURA I – Is 53, 10-11

Se oferecer a sua vida como sacrifício de expiação, terá uma descendência duradoira

Esta leitura é um dos chamados “Cânticos do Servo de Deus” do Livro de Isaías. Este Servo apresenta-se como alguém que leva o seu espírito de serviço até ao ponto de dar a própria vida pela salvação da multidão. Jesus há-de realizar, da maneira mais perfeita que se possa imaginar, esta figura do Servo de Deus, e ensinou que este é o único caminho para entender a sua missão e a nossa, como seus discípulos e membros do seu povo.

Leitura do Livro de Isaías
“Aprouve ao Senhor esmagar o seu servo pelo sofrimento. Mas, se oferecer a sua vida como sacrifício de expiação, terá uma descendência duradoira, viverá longos dias, e a obra do Senhor prosperará em suas mãos. Terminados os sofrimentos, verá a luz e ficará saciado na sua sabedoria. O justo, meu servo, justificará a muitos e tomará sobre si as suas iniquidades.”
Palavra do Senhor

LEITURA II – Hebr 4, 14-16

Vamos cheios de confiança ao trono da graça

Por uma coincidência feliz, esta leitura liga-se hoje muito bem às outras duas. Fala-nos ela de Cristo como nosso Sacerdote. Ele não só Se ofereceu a Si mesmo ao Pai por nós, mas, como fruto dessa oblação, Ele mesmo, em sua humanidade, penetrou nos Céus e lá colocou, à direita do Pai, a nossa pobre humanidade, por Ele salva. Aí Ele continua a ser o Sacerdote da humanidade, por quem sempre intercede junto do Pai. Podemos, por isso, aproximar-nos confiantes de Deus, que nos acolhe com a sua graça.

Leitura da Epístola aos Hebreus
“Irmãos: Tendo nós um sumo-sacerdote que penetrou os Céus, Jesus, Filho de Deus, permaneçamos firmes na profissão da nossa fé. Na verdade, nós não temos um sumo-sacerdote incapaz de se compadecer das nossas fraquezas. Pelo contrário, Ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, excepto no pecado. Vamos, portanto, cheios de confiança ao trono da graça, a fim de alcançarmos misericórdia e obtermos a graça de um auxílio oportuno.”
Palavra do Senhor

EVANGELHO – Mc 10, 35-45

O Filho do homem veio para dar a vida pela redenção de todos

Jesus realizou em Si a figura do Servo de Deus, de que falava a primeira leitura. E, se hoje O reconhecemos como “Senhor”, foi porque o Pai O exaltou e Lhe deu esse nome, que está acima de todos os nomes, depois de Ele ter sido obediente até à morte e morte de cruz. O caminho que O levou à glória foi o do serviço até à morte.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
“Naquele tempo, Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Mestre, nós queremos que nos faças o que Te vamos pedir». Jesus respondeu-lhes: «Que quereis que vos faça?». Eles responderam: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda». Disse-lhes Jesus: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu vou beber e receber o baptismo com que Eu vou ser baptizado?». Eles responderam-Lhe: «Podemos». Então Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu vou beber e sereis baptizados com o baptismo com que Eu vou ser baptizado. Mas sentar-se-á minha direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem está reservado». Os outros dez, ouvindo isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João. Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os que são considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos; porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos».”
Palavra da Salvação



sábado, 10 de outubro de 2015

CASAMENTO CATÓLICO: INDISSOLÚVEL?







1. A família estável, no amor fiel e para sempre, é célula de base da sociedade e da Igreja, valor essencial pelo qual vale a pena bater-se, tanto mais quanto é o espaço ideal para ter filhos e educá-los, porque ali se junta o afecto e a autoridade. A desestruturação da família afunda a sociedade. Mas a vida é o que é. O próprio Papa Francisco, embora evitando a palavra divórcio, veio reconhecer que a separação pode ser "moralmente necessária". No caso da violência doméstica, por exemplo: "Quando se trata de proteger o cônjuge mais frágil ou as crianças das feridas mais graves causadas pela violência."

Há quem pretenda resolver o problema mediante a rapidez e a simplificação nos processos de nulidade. Excelente medida, e Francisco acaba de decretar nesse sentido. Mas não resolve tudo. Porque há casamentos válidos que, por culpa de um ou do outro, por culpa dos dois ou de nenhum, simplesmente fracassam. A realidade pessoal não é reificada, imóvel, mas dinâmica, processual: somos sempre nós, mas em mudança, e frágeis. Lá está sempre Pascal: "Ele já não é o mesmo, ela já não é a mesma; se fossem os mesmos, ainda se amariam." E se, depois, refizerem a vida no amor e resolveram de modo justo os problemas do casamento anterior e vivem na fé, na qual educam os filhos, devem ser excluídos da comunhão na Eucaristia? Já aqui explicitei suficientemente que não.

2. Mas há quem vá mais longe, de modo seriamente argumentado. O teólogo José María Castillo, que estudou o assunto durante anos, na companhia de outros teólogos, como pode ler-se na Civiltà Cattolica, dos jesuítas, dirime a questão nestas três afirmações: "O Papa pode admitir à Eucaristia os divorciados que voltam a casar-se"; "não é doutrina de fé que o casamento cristão seja indissolúvel"; "o divórcio era uma prática admitida na Igreja dos dez primeiros séculos".

Quanto ao casamento, é sabido que os cristãos, ao princípio, seguiam os condicionamentos e costumes do mundo ambiente, sublinha o teólogo, que vou seguir quase textualmente. Esta situação durou pelo menos até ao século IV. Durante os dez primeiros séculos, não estava generalizada a ideia de que o casamento fosse um sacramento. A teologia do casamento como sacramento foi sendo elaborada nos séculos XI e XII, o que aparece em Pedro Lombardo e no Decreto de Graciano, mas tanto Pedro Lombardo como Hugo de São Victor colocam o núcleo do casamento não no rito sacramental, mas na "união dos corações". Tudo isto explica a razão por que o papa Gregório II, em 726, respondeu a uma pergunta do bispo São Bonifácio sobre o que devia fazer o marido cuja mulher tinha caído doente e, por causa disso, não podia dar-lhe o débito conjugal: "Seria bom que tudo continuasse na mesma e se entregasse à abstinência. Mas como isto é de homens grandes, quem não se puder conter que volte a casar-se; mas não deixe de ajudar economicamente a que caiu doente e não ficou excluída por culpa detestável". Que o divórcio era prática admitida na Igreja dos dez primeiros séculos consta numa resposta do papa Inocêncio I a Probo. O que se passa é que durante este tempo a Igreja assumiu como seu o direito romano, que Santo Isidoro, no Concílio de Sevilha, no ano 619, proclamou como lex mundialis (lei mundial); ora, no direito romano, a dissolução do casamento era perfeitamente admitida. A doutrina do Concílio de Trento sobre esta questão não é dogma de fé: o cânone 7 foi redigido de modo moderado, considerando a Igreja Ortodoxa grega, que admitia o divórcio, coisa que o Concílio não quis condenar.

3. Outros teólogos, como José Arregi ou Hans Küng, vieram chamar a atenção para o Novo Testamento. Fosse qual fosse o ensinamento de Jesus, o Evangelho de São Mateus (5, 32) reconhece pelo menos uma excepção na proibição do divórcio: em caso de porneia (união ilegítima), seria legítimo divorciar-se e voltar a casar-se. E São Paulo, na Primeira Carta aos Coríntios (7, 15), com o chamado "privilégio paulino", também reconhece que, no caso de um casamento misto, se o não crente quiser separar-se, a parte crente fica livre para voltar a casar-se. No quadro desta lógica, o Papa Francisco, no seu recente motu proprio, apresenta como uma das causas de nulidade a falta de fé, como sugerira Bento XVI. Pergunto: e a falta de amor, quando o casamento se torna um inferno?



Vende o que tens e segue-Me

DOMINGO XXVIII do Tempo Comum




(Domingo, 11 de Outubro de 2015)


– Dia de São João XXIII


Vende o que tens e segue-Me


LEITURA I – Sab 7, 7-11

Considerei a riqueza como nada, em comparação com a sabedoria

A sabedoria é um dos temas mais queridos de certas épocas e de certos povos, como o era na época em que foi escrito o livro donde é tirada esta leitura. A sabedoria é, na Sagrada Escritura, um dom de Deus, que leva o homem a saber apreciar e interpretar a vida e os acontecimentos segundo o pensamento e os critérios de Deus, que Ele mesmo nos revela. É esta sabedoria que nos há-de levar a compreender as palavras de Jesus que vamos depois escutar no Evangelho.

Leitura do Livro da Sabedoria
“Orei e foi-me dada a prudência; implorei e veio a mim o espírito de sabedoria. Preferi-a aos ceptros e aos tronos e, em sua comparação, considerei a riqueza como nada. Não a equiparei à pedra mais preciosa, pois todo o ouro, à vista dela, não passa de um pouco de areia e, comparada com ela, a prata é considerada como lodo. Amei-a mais do que a saúde e a beleza e decidi tê-la como luz, porque o seu brilho jamais se extingue. Com ela me vieram todos os bens e, pelas suas mãos, riquezas inumeráveis.”
Palavra do Senhor

LEITURA II – Hebr 4, 12-13

A palavra de Deus é capaz de discernir os pensamentos e intenções do coração

Esta leitura faz a apresentação de certos aspectos da Palavra de Deus. Ela é palavra eficaz: realiza sempre aquilo que diz. Ela não é apenas um som que se ouve: ela penetra até ao mais fundo do coração, e só ela é capaz de pôr o homem, no seu íntimo, diante da verdade total. Ela tudo ilumina e não deixa que haja esconderijos nem disfarces; ela é como o olhar de Deus: tudo penetra e tudo ilumina.

Leitura da Epístola aos Hebreus
“A palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que uma espada de dois gumes: ela penetra até ao ponto de divisão da alma e do espírito, das articulações e medulas, e é capaz de discernir os pensamentos e intenções do coração. Não há criatura que possa fugir à sua presença: tudo está patente e descoberto a seus olhos. É a ela que devemos prestar contas.”
Palavra do Senhor

EVANGELHO – Mc 10, 17-30

Vende o que tens e segue-Me

A vida segundo o Evangelho não é um negócio, não se lhe deitam cálculos como quem olha para a sua conta no banco. É antes a resposta de fé à Palavra de Deus. E um dos obstáculos que mais frequentemente impede de compreender e responder prontamente à Palavra de Deus são os bens da terra. Só a sabedoria de Deus nos poderá trazer a luz necessária para aceitarmos, com fé e esperança, a palavra do Senhor, que é a palavra da salvação.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
“Naquele tempo, ia Jesus pôr-Se a caminho, quando um homem se aproximou correndo, ajoelhou diante d’Ele e perguntou- Lhe: «Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?». Jesus respondeu: «Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. Tu sabes os mandamentos: Não mates; não cometas adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe’». O homem disse a Jesus: «Mestre, tudo isso tenho eu cumprido desde a juventude». Jesus olhou para ele com simpatia e respondeu: «Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me». Ouvindo estas palavras, anuviou-se-lhe o semblante e retirou-se pesaroso, porque era muito rico. Então Jesus, olhando à sua volta, disse aos discípulos: «Como será difícil para os que têm riquezas entrar no reino de Deus!». Os discípulos ficaram admirados com estas palavras. Mas Jesus afirmou-lhes de novo: «Meus filhos, como é difícil entrar no reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus». Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode então salvar-se?». Fitando neles os olhos, Jesus respondeu: «Aos homens é impossível, mas não a Deus, porque a Deus tudo é possível». Pedro começou a dizer-Lhe: «Vê como nós deixámos tudo para Te seguir». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: Todo aquele que tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras, por minha causa e por causa do Evangelho, receberá cem vezes mais, já neste mundo, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, juntamente com perseguições, e, no mundo futuro, a vida eterna».”
Palavra da Salvação



quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Deus jamais abandona os justos

2015-10-08 Rádio Vaticana



Cidade do Vaticano (RV) – “Deus nunca abandona os justos e os que semeiam o mal são como desconhecidos, dos quais o céu não recorda o nome.” Foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada na manhã desta quinta-feira (08/10), na Casa Santa Marta.
Uma mãe corajosa, marido, três filhos, menos de 40 anos e um cancro que a obriga permanecer na cama. Por quê? Uma mulher idosa, pessoa com a oração no coração e com um filho assassinado pela máfia. Por quê?

A voz do Papa no altar de Santa Marta amplifica o grande quesito que como uma lâmina corta os pensamentos de tantas pessoas cuja fé convicta e arraigada é colocada à prova pelos dramas da vida. Porque isto acontece? Que proveito a gente tira em guardar os mandamentos de Deus enquanto os soberbos progridem praticando o mal, desafiam a Deus e não são castigados? – Disse Francisco citando o Profeta Malaquias.

“Quantas vezes vemos esta realidade em muitas pessoas más, em pessoas que fazem o mal e parece que na sua vida tudo vai bem: são felizes, têm tudo o que querem, não lhes falta nada. Por quê Senhor? É um dos muitos por quê. Porque para aquele cara-de-pau que não liga a nada, nem a Deus, nem aos outros, que é uma pessoa injusta e má, tudo corre bem na sua vida, tem tudo aquilo que quer e nós que queremos fazer o bem temos tantos problemas?”

A resposta a isso o Papa tira do Salmo do dia, que proclama “bem-aventurado” o homem "que não entra no conselho dos ímpios” e que “encontra a sua alegria” na “lei do Senhor”. E explica:

“Agora não vemos os frutos desta gente que sofre, desta gente que carrega a cruz, como aquela Sexta-feira Santa e aquele Sábado Santo em que não se viam os frutos do Filho de Deus Crucificado, dos seus sofrimentos. E tudo o que fará será bem feito. E o que diz o Salmo sobre os ímpios, sobre aqueles que nós pensamos que vai tudo bem? ‘Não são assim os ímpios, mas são como a palha que o vento dispersa. Porque o Senhor acompanha o caminho dos justos, enquanto o caminho dos ímpios perece”.

Uma ruína que Francisco destaca citando a parábola evangélica de Lázaro, símbolo de uma miséria sem saída, e do epulão que lhe negava inclusive as migalhas que caiam de sua mesa:

“O curioso daquele homem é que não se diz o nome. É somente um adjectivo: é um rico. Dos ímpios, no Livro da Memória de Deus, não há nome: é um ímpio, é um trapaceiro, é um explorador... Não tem nome, somente adjectivos. Ao invés, todos os que buscam caminhar na via do Senhor estarão com seu Filho, que tem o nome, Jesus Salvador. Mas um nome difícil de entender, inclusive inexplicável para a provação da cruz e por tudo aquilo que Ele sofreu por nós”.

(MJ/BF)



sábado, 3 de outubro de 2015

Não separe o homem o que Deus uniu

DOMINGO XXVII do Tempo Comum




(Domingo, 4 de Outubro de 2015)

– Dia de São Francisco de Assis

Não separe o homem o que Deus uniu


LEITURA I – Gen 2, 18-24

E os dois serão uma só carne

A uma pergunta dos discípulos Jesus expõe a doutrina evangélica sobre a indissolubilidade do matrimónio. Jesus apela para a passagem da Sagrada Escritura, em que, logo desde o princípio, se expõe o sentido do casamento. De uma forma poética, apresenta-se a união do homem e da mulher como união de amor, que faz dos dois um só.

Leitura do Livro do Génesis
“Disse o Senhor Deus: «Não é bom que o homem esteja só: vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele». Então o Senhor Deus, depois de ter formado da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, conduziu-os até junto do homem, para ver como ele os chamaria, a fim de que todos os seres vivos fossem conhecidos pelo nome que o homem lhes desse. O homem chamou pelos seus nomes todos os animais domésticos, todas as aves do céu e todos os animais do campo. Mas não encontrou uma auxiliar semelhante a ele. Então o Senhor Deus fez descer sobre o homem um sono profundo e, enquanto ele dormia, tirou-lhe uma costela, fazendo crescer a carne em seu lugar. Da costela do homem o Senhor Deus formou a mulher e apresentou-a ao homem. Ao vê-la, o homem exclamou: «Esta é realmente osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á mulher, porque foi tirada do homem». Por isso, o homem deixará pai e mãe, para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne.
Palavra do Senhor.”
Palavra do Senhor

LEITURA II – Hebr 2, 9-11

Aquele que santifica e os que são santificados procedem todos de um só

A Epístola aos Hebreus é um verdadeiro tratado sobre o sacerdócio de Jesus Cristo. Jesus é o Filho de Deus, mas que Se fez nosso irmão para nos conduzir, em Si, até ao Pai. Mistério de condescendência, de misericórdia, de humilhação e glória!

Leitura da Epístola aos Hebreus
“Irmãos: Jesus, que, por um pouco, foi inferior aos Anjos, vemo-l’O agora coroado de glória e de honra por causa da morte que sofreu, pois era necessário que, pela graça de Deus, experimentasse a morte em proveito de todos. Convinha, na verdade, que Deus, origem e fim de todas as coisas, querendo conduzir muitos filhos para a sua glória, levasse à glória perfeita, pelo sofrimento, o Autor da salvação. Pois Aquele que santifica e os que são santificados procedem todos de um só. Por isso não Se envergonha de lhes chamar irmãos.”
Palavra do Senhor

EVANGELHO – Mc 10, 2-16

Não separe o homem o que Deus uniu

Respondendo a uma pergunta posta pelos fariseus, Jesus pronuncia a condenação do divórcio, citando a palavra do Génesis, proclamada na primeira leitura. Aí o casal humano é apresentado como tendo sido assim constituído desde, o seu princípio, pela vontade de Deus Criador.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
“Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus uns fariseus para O porem à prova e perguntaram-Lhe: «Pode um homem repudiar a sua mulher?». Jesus disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?». Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio, para se repudiar a mulher». Jesus disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei. Mas, no princípio da criação, ‘Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e os dois serão uma só carne’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu». Em casa, os discípulos interrogaram-n’O de novo sobre este assunto. Jesus disse-lhes então: «Quem repudiar a sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério». Apresentaram a Jesus umas crianças para que Ele lhes tocasse, mas os discípulos afastavam-nas. Jesus, ao ver isto, indignou-Se e disse-lhes: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis: dos que são como elas é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não acolher o reino de Deus como uma criança, não entrará nele». E, abraçando-as, começou a abençoá-las, impondo as mãos sobre elas.”
Palavra da Salvação