DOMINGO VI DA PÁSCOA – ano B – 09MAI2021
MISSA |
ANTÍFONA
DE ENTRADA – Is 48, 20
Anunciai
com brados de alegria, proclamai aos confins da terra: O Senhor libertou o seu
povo. Aleluia.
ORAÇÃO
COLECTA
Concedei-nos, Deus omnipotente, a graça de viver dignamente estes
dias de alegria em honra de Cristo ressuscitado, de modo que a nossa vida
corresponda sempre aos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
Liturgia
da Palavra |
LEITURA
I – Actos 10, 25-26.34-35.44-48
«O
Espírito Santo difundia-se também sobre os pagãos»
Nesta
leitura contam-se os primeiros frutos da pregação do Evangelho entre os pagãos.
A conversão e o baptismo do oficial do exército romano, de nome Cornélio, fez
compreender aos primeiros cristãos, e particularmente ao próprio S. Pedro, que
a graça de Jesus Cristo, anunciada no Evangelho, se destina a todos os homens,
porque Deus a todos quer chamar à fé e à conversão.
Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias, Pedro chegou a casa de Cornélio. Este veio-lhe ao
encontro e prostrou-se a seus pés. Mas Pedro levantou-o, dizendo: «Levanta-te,
que eu também sou um simples homem». Pedro disse-lhe ainda: «Na verdade, eu
reconheço que Deus não faz acepção de pessoas, mas, em qualquer nação, aquele
que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável». Ainda Pedro falava, quando o
Espírito desceu sobre todos os que estavam a ouvir a palavra. E todos os fiéis
convertidos do judaísmo, que tinham vindo com Pedro, ficaram maravilhados ao
verem que o Espírito Santo se difundia também sobre os gentios, pois ouviam-nos
falar em diversas línguas e glorificar a Deus. Pedro então declarou: «Poderá
alguém recusar a água do Baptismo aos que receberam o Espírito Santo, como
nós?». E ordenou que fossem baptizados em nome de Jesus Cristo. Então,
pediram-Lhe que ficasse alguns dias com eles.
Palavra do
Senhor
SALMO
RESPONSORIAL – Salmo 97 (98), 1.2-3ab.3cd-4 (R. cf. 2b
Refrão: O Senhor manifestou a salvação
a
todos os povos. (Repete-se)
ou:
Diante
dos povos
manifestou
Deus a salvação. (Repete-se)
Cantai
ao Senhor um cântico novo
pelas
maravilhas que Ele operou.
A
sua mão e o seu santo braço
Lhe
deram a vitória. (Refrão)
O
Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou
aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se
da sua bondade e fidelidade
em
favor da casa de Israel. (Refrão)
Os
confins da terra puderam ver
a
salvação do nosso Deus.
Aclamai
o Senhor, terra inteira,
exultai
de alegria e cantai. (Refrão)
LEITURA
II – 1 Jo 4, 7-10
«Deus é amor»
A
revelação última de Deus ao homem é a de que Ele é amor. E o testemunho de que
é assim é o facto de Ele nos ter enviado o seu Filho, para que, por Ele, nos
tornássemos filhos de Deus. Nesta fraternidade divina só o amor pode ser o
móbil de toda a actividade entre os irmãos.
Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e
todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a
Deus, porque Deus é amor. Assim se manifestou o amor de Deus para connosco:
Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele. Nisto
consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou
o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.
Palavra do
Senhor
ALELUIA – Jo
14, 23
Refrão: Aleluia (Repete-se)
Se alguém Me ama, guardará a minha
palavra.
Meu Pai o amará e faremos nele a
nossa morada (Refrão)
EVANGELHO
– Jo 15, 9-17
«Ninguém
tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos»
Deus é amor. Ele revelou-Se como tal, principalmente ao
dar-nos o seu Filho, Jesus, como nosso Salvador. A Igreja, que é o corpo de
Jesus e a sua presença sobre a terra, tem como lei fundamental a lei do amor;
tendo amor uns aos outros, os cristãos manifestam em si a própria vida de Deus,
ao mesmo tempo que a comunicam.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Assim como o Pai
Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus
mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como Eu tenho guardado os
mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Disse-vos estas coisas, para
que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa. É este o meu
mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior
amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se
fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o
que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o
que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e
destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo
quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que
vos ameis uns aos outros».
Palavra da salvação.
MEDITAÇÃO
Amai-vos
uns aos outros, como eu vos amei
O fruto que a
comunidade é chamada a produzir é o amor. Ora, Jesus não quer uma adesão de
servos que obedeçam a um senhor, mas uma adesão livre, de amigos. E a amizade é
dom: Jesus é o amigo que dá a vida pelos amigos. A missão da comunidade não
nasce da obediência a uma lei, mas do dom livre que participa com alegria da
tarefa comum, que é testemunhar o amor de Deus que quer dar vida. Enquanto nos sinópticos
o mandamento de Jesus é o amor ao próximo, entendido como amor a todos os
homens, inclusive os inimigos, em João exprime-se como amor recíproco entre os
discípulos de Jesus, amor que, aparentemente, não transpõe os restritos limites
da comunidade. A razão desta insistência de João (que aliás não exclui o amor
universal) é porque ele vê este amor em seu fundamento, por assim dizer,
metafísico: a íntima participação na corrente de amor que une o Pai ao Filho.
Ora, esse amor, que parece consumar-se e exaurir-se dentro da comunidade,
torna-se motivo de abertura e dinamismo apostólico, porque, por ele, os demais
(os de fora) conhecerão quem são os discípulos de Cristo. Estas palavras de
Jesus aos seus discípulos, na última ceia, nos envolvem na atmosfera do amor de
Deus. Contemplamos entre Jesus e o Pai uma comunhão de amor à qual somos
chamados a participar e gozarmos de uma alegria completa. Jesus, com suavidade,
seduz-nos com o seu mandamento de amor: “amai-vos uns aos outros, como eu vos
amei”. É uma tarefa humanamente impossível, mas que se torna viável, uma vez
que o próprio Jesus nos escolhe e comunica o seu amor, com o dom de seu
Espírito. A escolha de Jesus é universal. Quem a acolhe é chamado a dar frutos,
vivendo o amor fraterno que entra em comunhão de vida com todos, sem exclusões.
Com a perseverança na oração, o amor e a vida são fortalecidos, consolidando os
laços comunitários. O apóstolo é testemunha da humanidade de Jesus e do seu
amor comunicado às multidões com que se relacionava. Jesus foi enviado pelo Pai
para comunicar o seu amor a toda a humanidade. Quem ama e permanece no amor tem
a alegria plena, a qual brota a partir do dom da vida a serviço da própria vida
do nosso próximo e irmão. Jesus dá-nos o seu maior mandamento, que contém todos
os demais: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. Amar como Jesus nos
amou é a maneira plena de amar!
ORAÇÃO
SOBRE AS OBLATAS
Subam à vossa presença, Senhor, as nossas orações e as nossas
ofertas, de modo que, purificados pela vossa graça, possamos participar
dignamente nos sacramentos da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco
na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA
DA COMUNHÃO – Jo 14, 15-16
Vós
sereis meus amigos, se fizerdes o que vos mando, diz o Senhor. Eu pedirei ao
Pai e Ele vos dará o Espírito Santo,que permanecerá convosco para sempre.
Aleluia.
ORAÇÃO
DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor Deus todo-poderoso, que em Cristo ressuscitado nos renovais
para a vida eterna, multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal e infundi
em nossos corações a força do alimento que nos salva.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco
na unidade do Espírito Santo.
Sem comentários:
Enviar um comentário