sábado, 25 de agosto de 2018

Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna





DOMINGO XXI DO TEMPO COMUM – ano B – 26AGO2018



SENHOR, A QUEM IREMOS?

As palavras de Jesus provocam resistência e desistência até entre os discípulos. Muitos conservam a ideia de um Messias Rei, e não querem seguir Jesus até à morte, entendida por eles como fracasso. E não assumem a fé por medo de se comprometerem. Os doze apóstolos, porém, aceitam a proposta de Jesus e reconhecem-no como Messias, dando-lhe a sua adesão e aceitando as suas exigências. Muitos discípulos de Jesus tiveram enorme dificuldade em captar o verdadeiro significado das suas palavras. Ao interpretá-las num sentido contrário, ficavam perplexos e consideravam disparatados os ensinamentos do Mestre. Escandalizavam-se com isto! Apesar das reacções negativas dos seus ouvintes, Jesus não diminuía o tom da sua pregação, que continuava a ser contundente. Sendo assim, requeria largueza de visão para ser compreendida. Os discípulos dependiam da compreensão correcta dos ensinamentos do Mestre e da sua adesão. Por outro lado, nenhum discípulo podia agir por coacção, independentemente da sua vontade. Os discípulos deveriam emergir de uma escolha livre. Não interessava a Jesus que os seus discípulos permanecessem com ele apenas para agradá-lo. Foi por esta razão que muitos debandaram. Não tinham fibra para pôr em prática o que lhes era ensinado. Com o Mestre permaneceu somente um punhado de discípulos fiéis que foram questionados a respeito da sinceridade da sua adesão. Foi quando Pedro, em nome do grupo, fez uma confissão de fidelidade ao Mestre. Não valia a pena afastar-se, pois só junto dele podiam encontrar palavras de vida eterna, por saírem da boca do “Santo de Deus”. Seria inútil buscar salvação fora dele. Antes, foram os judeus que estranharam as palavras de Jesus. Nesta narrativa, são os discípulos que se manifestam: “Estas palavras são duras”. No prólogo do evangelho, temos o anúncio de que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Agora Jesus faz a transferência da “carne” para as suas palavras, que são o Espírito e a vida. A encarnação é grandiosa na revelação da carne unida perfeitamente ao Espírito de Deus, em Jesus. E é o Espírito que dá a vida que vem do Pai e leva ao Pai. O tema da incompreensão entre Jesus e os discípulos é uma constante nos evangelhos. Então, alguns abandonam-no. Porém, Pedro, em nome dos demais, confirma a sua fé e perseverança. Ir a Jesus e encontrar nele as palavras de vida eterna. Este diálogo de Jesus com os seus discípulos e com Pedro conclui o longo discurso de Jesus que tem como tema o pão da vida eterna. A alusão a “o espírito é que vivifica, a carne para nada serve...” destoa com o “quem come a minha carne... tem a vida eterna”, e sugere que seja mais um acréscimo ao texto original de João. A revelação de Jesus como o pão descido do céu dado como alimento para a vida do mundo provocou incompreensão e murmúrios entre os judeus (6,41.52). Muitos dos seus discípulos também, sem entender, abandonaram Jesus. O tema da incompreensão de Jesus por parte dos discípulos perpassa todos os evangelhos. Contrastando com aqueles que abandonaram Jesus, temos a expressiva confissão de fé de Pedro, que se torna uma oração para nós: “A quem iremos, Senhor: Tu tens palavras de vida eterna...”


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA – Salmo 85, 1-3
Inclinai o vosso ouvido e atendei-me, Senhor,
salvai o vosso servo, que em vós confia.
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus, que unis os corações dos fiéis num único desejo, fazei que o vosso povo ame o que mandais e espere o que prometeis, para que, no meio da instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Liturgia da Palavra


LEITURA I – Jos 24, 1-2a.15-17.18b

«Queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus»

Depois de entrar na Terra Prometida e antes da solene renovação da Aliança em Siquém, o povo de Deus, composto de gente vinda de várias tribos e que encontra a Terra Prometida cheia de cultos aos deuses dos pagãos, é convidado a fazer uma solene profissão de fé no Senhor, o único Deus capaz de salvar, tal como Pedro irá fazer, na terceira leitura, depois do discurso de Jesus sobre o Pão da vida.

Leitura do Livro de Josué
Naqueles dias, Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém. Convocou os anciãos de Israel, os chefes, os juízes e os magistrados, que se apresentaram diante de Deus. Josué disse então a todo o povo: «Se não vos agrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se os deuses que os vossos pais serviram no outro lado do rio, se os deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha família serviremos o Senhor». Mas o povo respondeu: «Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses; porque o Senhor é o nosso Deus, que nos fez sair, a nós e a nossos pais, da terra do Egipto, da casa da escravidão. Foi Ele que, diante dos nossos olhos, realizou tão grandes prodígios e nos protegeu durante o caminho que percorremos entre os povos por onde passámos. Também nós queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus».
Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 33 (34), 2-3.16-17.18-19.20-21.22-23 (R. 9a)
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom. (Repete-se).

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes. (Refrão)

Os olhos do Senhor estão voltados para os justos
e os ouvidos atentos aos seus rogos.
A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal,
para apagar da terra a sua memória. (Refrão)

Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as suas angústias.
O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido. (Refrão)

Muitas são as tribulações do justo,
mas de todas elas o livra o Senhor.
Guarda todos os seus ossos,
nem um só será quebrado. (Refrão)

A maldade leva o ímpio à morte,
os inimigos do justo serão castigados.
O Senhor defende a vida dos seus servos,
não serão castigados os que n’Ele se refugiam. (Refrão)


LEITURA II – Ef 5, 21-32

« É grande este mistério, em relação a Cristo e à Igreja»

O matrimónio cristão não modifica os quadros humanos em que ele é celebrado, mas reveste-os de uma significação nova. Nesta passagem, a união do homem e da mulher no matrimónio é apresentada como imagem do mistério da união de Cristo e da Igreja: Cristo amou a Igreja, deu a vida por ela, purificou-a no seu Sangue. Assim, neste amor de Cristo pelo seu povo terão também os esposos o modelo do amor com que hão-de amar-se um ao outro e constituir a sua família.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres submetam-se aos maridos como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo, do qual é o Salvador. Ora, como a Igreja se submete a Cristo, assim também as mulheres se devem submeter em tudo aos maridos. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela. Ele quis santificá-la, purificando-a no baptismo da água pela palavra da vida, para a apresentar a Si mesmo como Igreja cheia de glória, sem mancha nem ruga, nem coisa alguma semelhante, mas santa e imaculada. Assim devem os maridos amar as suas mulheres, como os seus corpos. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Ninguém, de facto, odiou jamais o seu corpo, antes o alimenta e lhe presta cuidados, como Cristo à Igreja; porque nós somos membros do seu Corpo. Por isso, o homem deixará pai e mãe, para se unir à sua mulher, e serão dois numa só carne. É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja.
Palavra do Senhor


ALELUIA – Jo 6, 63c.68c

Refrão: Aleluia. (Repete-se)

As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida:
Vós tendes palavras de vida eterna. (Refrão)


EVANGELHO – Jo 6, 60-69

«Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna»

O discurso de Jesus sobre o Pão da Vida desiludiu muitos discípulos, que, por isso, se afastaram. Jesus tenta explicar o sentido espiritual das suas palavras, que, sem deixarem de dizer o que querem dizer, vão mais além do que aquilo que à primeira vista parecem dizer. Essas palavras são espírito e vida. São palavras que levam à fé. E é esta fé que S. Pedro acaba por professar. Assim, o discurso sobre o Pão da vida termina, como sempre as narrações de S. João, com um solene acto de fé.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus, disseram: «Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?». Jesus, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos? E se virdes o Filho do homem subir para onde estava anteriormente? O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida. Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar. E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai». A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele. Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?». Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».
Palavra da Salvação

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, que pelo único sacrifício da cruz, formastes para Vós um povo de adopção filial, concedei à vossa Igreja o dom da unidade e da paz.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO – Salmo 103, 13-15
Encheis a terra, Senhor, com o fruto das vossas obras.
Da terra fazeis brotar o pão e o vinho que alegra
o coração do homem.

Ou – Jo 6, 55
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
tem a vida eterna, diz o Senhor,
e Eu o ressuscitarei no último dia.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Realizai plenamente em nós, Senhor, a acção redentora da vossa misericórdia e fazei-nos tão generosos e fortes que possamos agradar-Vos em toda a nossa vida.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



sábado, 18 de agosto de 2018

A MINHA CARNE É VERDADEIRA COMIDA E O MEU SANGUE É VERDADEIRA BEBIDA






Domingo XX do Tempo Comum – ano B – 19AGO2018



A PLENITUDE DE VIDA DO HOMEM

No capítulo 6 de João é possível distinguir uma dupla perspectiva: a dos ouvintes directos de Jesus, para os quais o discurso fala sobretudo da fé e do acolhimento de Jesus, verdadeiro pão do céu, e a dos contemporâneos do evangelista, para quem o discurso de Jesus tem um evidente significado eucarístico. João escreve depois de ter vivido a primeira experiência das comunidades cristãs; depois, portanto, que já se estabelecera entre os primeiros fiéis o hábito de se reunirem para celebrar a ceia eucarística. A sua perspectiva já é, pois, reflexo de uma prática sacramental em uso; é claro então que as palavras e os acontecimentos da vida de Jesus são lidos com uma plenitude e riqueza de perspectivas que não eram possíveis no dia em que os apóstolos ouviram falar pela primeira vez de pão da vida.
O versículo 35: “Eu sou o pão da vida” faz-nos pensar imediatamente na eucaristia. Além disso “o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo”, com a sua profunda semelhança com Lc 22,19 (“isto é o meu corpo que é dado por vós”) tem toda a aparência de ser a forma da instituição eucarística própria de João. No relato de João, a fé em Jesus está sempre em primeiro plano, mas ela é agora vista em relação com os sinais através dos quais se torna visível. Fé e sacramentos da fé são, de agora em diante, inseparáveis. A fé exige o sacramento e o sacramento é incompreensível independentemente da fé.
No centro está o tema da “vida”, isto é, o tema da realização plena do homem. Cristo veio realizar esta vida: é a própria vida do seu Pai, vida plena do Pai, vida eterna, sem fim. O homem procura-a, mas não consegue encontrá-la, só a encontra “provisoriamente”, e só sacia a sua fome por momentos. Só Cristo pode saciar “totalmente”, porque “este é o pão que desceu do céu”. Quem dele come não morre.

Um pão que é carne
O pão eucarístico segue as leis do pão doméstico, oferecido pelo pai de família aos seus. O pão adquire sentido porque alguém o fabricou, alguém o comprou, alguém o comerá. Os pais ganham o pão, o alimento, a roupa, com o próprio trabalho. Eles são pão de vida para os seus filhos, não só porque lhes deram a vida, mas porque, de certo modo, os filhos continuamente “alimentam-se” dos pais. Dando o pão, fruto de seu trabalho, o pai e a mãe podem, de certo modo, dizer: “Este pão é a minha carne dada pelos meus filhos”, enquanto os comensais que participam deste pão, participam, de certa maneira, da própria vida de quem lho dá.
Se pais e filhos podem dar ao pão um significado tão profundo, porque Jesus não poderia dar ao pão um significado e uma realidade totalmente nova, proporcional à profundidade de todo o seu ser e, dele, fazer, assim, a participação da sua vida com o Pai e o sinal eficaz da sua íntima presença e comunhão com os que nele crêem?
A experiência serena da refeição familiar e a descoberta dos profundos significados humanos ocultos nas expressões e nos gestos quotidianos que a família faz, quando se senta à mesa, são o caminho mais simples, e catequeticamente mais válido, para introduzir uma compreensão rica e autêntica da eucaristia.
“No ápice desta acção educativa está a preocupação de dispor os fiéis a fazer do mistério eucarístico a fonte e o cume de toda a vida cristã. Todo o bem espiritual da Igreja está encerrado na eucaristia, onde Cristo, nossa Páscoa, está presente e dá vida aos homens, convidando-os e induzindo-os a oferecerem-se com ele e em sua memória, para a salvação do mundo”.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA – Salmo 83, 10-11
Senhor Deus, nosso protector,
ponde os olhos no rosto do vosso Ungido.
Um dia em vossos átrios vale mais de mil longe de Vós.

ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que preparastes bens invisíveis para aqueles que Vos amam, infundi em nós o vosso amor, para que, amando-Vos em tudo e acima de tudo, alcancemos as vossas promessas, que excedem todo o desejo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Liturgia da Palavra


LEITURA I – Prov 9, 1-6

«Vinde comer do meu pão e beber do vinho que vos preparei»

Personificada numa dona de casa, a Sabedoria de Deus convida os homens a participarem do seu banquete. No Antigo Testamento, a Palavra de Deus é frequentemente comparada a um banquete oferecido aos homens. O pão e o vinho são tidos como símbolo do alimento que dá a vida em plenitude. A imagem do banquete assume maior expressão na Eucaristia que nos é dado celebrar.

Leitura do Primeiro Livro dos Provérbios
A Sabedoria edificou a sua casa e levantou sete colunas. Abateu os seus animais, preparou o vinho e pôs a mesa. Enviou as suas servas a proclamar nos pontos mais altos da cidade: «Quem é inexperiente venha por aqui». E aos insensatos ela diz: «Vinde comer do meu pão e beber do vinho que vos preparei. Deixai a insensatez e vivereis; segui o caminho da prudência».
Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 33 (34), 2-3.10-11.12-13.14-15 (R.9a)
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom. (Repete-se).

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes. (Refrão)

Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor
não faltará riqueza alguma. (Refrão)

Vinde, filhos, escutai-me,
vou ensinar-vos o temor do Senhor.
Qual é o homem que ama a vida,
que deseja longos dias de felicidade? (Refrão)

Guarda do mal a tua língua
e da mentira os teus lábios.
Evita o mal e faz o bem,
procura a paz e segue os seus passos. (Refrão)

LEITURA II – Ef 5, 15-20

«Procurai compreender qual é a vontade de Deus»

Deus criou o homem livre e não quer sobrepor-se a essa liberdade. Deixa a cada um a possibilidade de fazer as suas opções. Porém, uma escolha consciente só é possível, tendo presente determinada hierarquia de valores que ajudará a decidir, não apenas acerca do acto, como também do tempo próprio para o realizar.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Vede bem como procedeis. Não vivais como insensatos, mas como pessoas inteligentes. Aproveitai bem o tempo, porque os dias que correm são maus. Por isso não sejais irreflectidos, mas procurai compreender qual é a vontade do Senhor. Não vos embriagueis com o vinho, que é causa de luxúria, mas enchei-vos do Espírito Santo, recitando entre vós salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando em vossos corações, dando graças, por tudo e em todo o tempo, a Deus Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Palavra do Senhor


ALELUIA – Jo 6, 56

Refrão: Aleluia. (Repete-se)

Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue
permanece em mim e Eu nele, diz o Senhor. (Refrão)


EVANGELHO – Jo 6, 51-58

«A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida»

A ceia pascal judaica estava intimamente ligada à libertação dos hebreus da escravatura egípcia. Ao comerem a Páscoa, os judeus tinham consciência de serem o povo libertado por Deus. Cristo associa também os discípulos à Sua morte redentora. Os participantes na celebração eucarística, ao comerem o pão e beberem o sangue derramado na cruz pela multidão dos homens, reconhecem-se no povo redimido por Cristo.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é minha carne, que Eu darei pela vida do mundo». Os judeus discutiam entre si: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?». E Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim. Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».
Palavra da Salvação

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o que trazemos ao vosso altar, nesta admirável permuta de dons, de modo que, oferecendo-Vos o que nos destes, mereçamos receber-Vos a Vós mesmo.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO – Salmo 129, 7
No Senhor está a misericórdia,
no Senhor está a plenitude da redenção.

Ou – 6, 51-52
Eu sou o pão vivo descido do Céu, diz o Senhor.
Quem comer deste pão viverá eternamente.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que neste sacramento nos fizestes participar mais intimamente no mistério de Cristo, transformai-nos à sua imagem na terra para merecermos ser associados à sua glória no Céu.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



terça-feira, 14 de agosto de 2018

15 de Agosto






A assunção de Maria ao Céu

Quando o Papa o decretou, por meio da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, foi uma verdadeira apoteose, tanto na Praça de São Pedro, em Roma, como nas outras cidades do mundo católico.
Nesse documento, disse o Papa: “Cristo, com a Sua morte, venceu o pecado e a morte e sobre esta e sobre aquele alcançará também vitória pelos merecimentos de Cristo quem for regenerado sobrenaturalmente pelo baptismo. Mas, por lei natural Deus não quer conceder aos justos o completo efeito dessa vitória sobre a morte, senão quando chegar o fim dos tempos. Por isso, os corpos dos justos se dissolvem depois da morte, e somente no último dia tornarão a unir-se, cada um com a sua própria alma gloriosa. Todavia, desta lei geral Deus quis exceptuar a Bem-Aventurada Virgem Maria. Ela, por um privilégio todo singular, venceu o pecado; pela sua Imaculada Conceição, não estando por isso sujeita à lei natural de ficar na corrupção do sepulcro, não foi preciso que esperasse até o fim do mundo para obter a ressurreição do corpo”.
Papa Paulo VI, na Exortação Apostólica Marialis Cultus, resume a importância desse dogma numa expressão cheia de densidade: “A solenidade de 15 de Agosto celebra a gloriosa Assunção de Maria ao Céu, festa do seu destino de plenitude e de bem-aventurança, glorificação de sua alma imaculada e de seu corpo virginal, de sua perfeita configuração com Cristo ressuscitado” (MC n.6).
Assim, Maria participa da ressurreição e glorificação de Cristo. É preciso lembrar, aqui, que somente Jesus e Maria subiram ao Céu de corpo e alma. Os santos estão lá apenas com suas almas, pois os corpos estão na terra, aguardando a ressurreição do último dia. Maria, pelo contrário, foi elevada ao céu também com seu corpo já ressuscitado. É uma grande glória dela.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA – Ap 12, 1
Um sinal grandioso apareceu no céu: uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de estrelas na cabeça.

ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que elevastes à glória do Céu em corpo e alma a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, concedei-nos a graça de aspirarmos sempre às coisas do alto, para merecermos participar da sua glória.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Liturgia da Palavra


LEITURA I – Ap 11, 19a; 12, 1-6a.10ab

«Uma mulher revestida de sol e com a lua debaixo dos pés»

Leitura do Apocalipse de São João
O templo de Deus abriu-se no Céu e a arca da aliança foi vista no seu templo. Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça. Estava para ser mãe e gritava com as dores e ânsias da maternidade. E apareceu no Céu outro sinal: um enorme dragão cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e nas cabeças sete diademas. A cauda arrastava um terço das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra. O dragão colocou-se diante da mulher que estava para ser mãe, para lhe devorar o filho, logo que nascesse. Ela teve um filho varão, que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro. O filho foi levado para junto de Deus e do seu trono e a mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar. E ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu: «Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e o domínio do seu Ungido».
Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 44 (45), 10.11.12.16 (R. cf. 10b)
Refrão: À vossa direita, Senhor, está a Rainha do Céu. (Repete-se).

Ao vosso encontro vêm filhas de reis,
à vossa direita está a rainha, ornada com ouro de Ofir.
Ouve, minha filha, vê e presta atenção,
esquece o teu povo e a casa de teu pai. (Refrão)

Da tua beleza se enamora o Rei;
Ele é o teu Senhor, presta-Lhe homenagem.
Cheias de entusiasmo e alegria,
entram no palácio do Rei. (Refrão)

LEITURA II – 1 Cor 15, 20-27

«Primeiro, Cristo, como primícias; depois os que pertencem a Cristo»

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos: Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Uma vez que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos; porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo serão todos restituídos à vida. Cada qual, porém, na sua ordem: primeiro, Cristo, como primícias; a seguir, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. Depois será o fim, quando Cristo entregar o reino a Deus seu Pai depois de ter aniquilado toda a soberania, autoridade e poder. É necessário que Ele reine, até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. E o último inimigo a ser aniquilado é a morte, porque Deus tudo colocou debaixo dos seus pés. Mas quando se diz que tudo Lhe está submetido é claro que se exceptua Aquele que Lhe submeteu todas as coisas.
Palavra do Senhor


ALELUIA

Refrão: Aleluia. (Repete-se)

Maria foi elevada ao Céu:
alegra-se a multidão dos Anjos. (Refrão)


EVANGELHO – Lc 1, 39-56


«O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: exaltou os humildes»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».
Maria disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada
todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraão e à sua descendência para sempre».
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.
Palavra da Salvação

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Suba até Vós, Senhor, a nossa humilde oferta e, pela intercessão da Santíssima Virgem Maria, elevada ao Céu, fazei que os nossos corações, inflamados na caridade, se dirijam continuamente para Vós.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO – Lc 1, 48-49
Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada,
porque o Senhor fez em mim maravilhas.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da vida eterna, concedei-nos, por intercessão da Virgem Santa Maria, elevada ao Céu, a graça de chegarmos à glória da ressurreição.



sábado, 11 de agosto de 2018

O PÃO DA VIDA






Domingo XIX do Tempo Comum – ano B – 5AGO2018



A PLENITUDE DE VIDA DO HOMEM

No capítulo 6 de João é possível distinguir uma dupla perspectiva: a dos ouvintes directos de Jesus, para os quais o discurso fala sobretudo da fé e do acolhimento de Jesus, verdadeiro pão do céu, e a dos contemporâneos do evangelista, para quem o discurso de Jesus tem um evidente significado eucarístico. João escreve depois de ter vivido a primeira experiência das comunidades cristãs; depois, portanto, que já se estabelecera entre os primeiros fiéis o hábito de se reunirem para celebrar a ceia eucarística. A sua perspectiva já é, pois, reflexo de uma prática sacramental em uso; é claro então que as palavras e os acontecimentos da vida de Jesus são lidos com uma plenitude e riqueza de perspectivas que não eram possíveis no dia em que os apóstolos ouviram falar pela primeira vez de pão da vida.
O versículo 35: “Eu sou o pão da vida” faz-nos pensar imediatamente na eucaristia. Além disso “o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo”, com a sua profunda semelhança com Lc 22,19 (“isto é o meu corpo que é dado por vós”) tem toda a aparência de ser a forma da instituição eucarística própria de João. No relato de João, a fé em Jesus está sempre em primeiro plano, mas ela é agora vista em relação com os sinais através dos quais se torna visível. Fé e sacramentos da fé são, de agora em diante, inseparáveis. A fé exige o sacramento e o sacramento é incompreensível independentemente da fé.
No centro está o tema da “vida”, isto é, o tema da realização plena do homem. Cristo veio realizar esta vida: é a própria vida do seu Pai, vida plena do Pai, vida eterna, sem fim. O homem procura-a, mas não consegue encontrá-la, só a encontra “provisoriamente”, e só sacia a sua fome por momentos. Só Cristo pode saciar “totalmente”, porque “este é o pão que desceu do céu”. Quem dele come não morre.

Um pão que é carne
O pão eucarístico segue as leis do pão doméstico, oferecido pelo pai de família aos seus. O pão adquire sentido porque alguém o fabricou, alguém o comprou, alguém o comerá. Os pais ganham o pão, o alimento, a roupa, com o próprio trabalho. Eles são pão de vida para os seus filhos, não só porque lhes deram a vida, mas porque, de certo modo, os filhos continuamente “alimentam-se” dos pais. Dando o pão, fruto de seu trabalho, o pai e a mãe podem, de certo modo, dizer: “Este pão é a minha carne dada pelos meus filhos”, enquanto os comensais que participam deste pão, participam, de certa maneira, da própria vida de quem lho dá.
Se pais e filhos podem dar ao pão um significado tão profundo, porque Jesus não poderia dar ao pão um significado e uma realidade totalmente nova, proporcional à profundidade de todo o seu ser e, dele, fazer, assim, a participação da sua vida com o Pai e o sinal eficaz da sua íntima presença e comunhão com os que nele crêem?
A experiência serena da refeição familiar e a descoberta dos profundos significados humanos ocultos nas expressões e nos gestos quotidianos que a família faz, quando se senta à mesa, são o caminho mais simples, e catequeticamente mais válido, para introduzir uma compreensão rica e autêntica da eucaristia.
“No ápice desta acção educativa está a preocupação de dispor os fiéis a fazer do mistério eucarístico a fonte e o cume de toda a vida cristã. Todo o bem espiritual da Igreja está encerrado na eucaristia, onde Cristo, nossa Páscoa, está presente e dá vida aos homens, convidando-os e induzindo-os a oferecerem-se com ele e em sua memória, para a salvação do mundo”.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA – Salmo 73, 20.19.22.23
Lembrai-Vos, Senhor, da vossa aliança,
não esqueçais para sempre a vida dos vossos fiéis.
Levantai-Vos, Senhor, defendei a vossa causa,
escutai a voz daqueles que Vos procuram.

ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, a quem podemos chamar nosso Pai, fazei crescer o espírito filial em nossos corações para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Liturgia da Palavra


LEITURA I – 1 Reis 19, 4-8

«Fortalecido com aquele alimento, caminhou até ao monte de Deus»

Uma sensação de abandono gera no espírito de Elias um estado de abatimento e mesmo de desespero. Morrer, no deserto onde o povo andou errante, onde Moisés suportou a revolta do mesmo povo e onde Agar ficou sepultada, será simultaneamente libertação e glória. Mas Deus, que dá a vida e fortalece a esperança, tem a seu respeito um plano diferente. Envia-lhe um anjo com o sustento corporal e espiritual. – Ali mesmo alimentara também o povo com o maná –. E, deste modo, Elias pôde levar a bom termo a missão que o Senhor lhe confiara.

Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias, Elias entrou no deserto e andou o dia inteiro. Depois sentou-se debaixo de um junípero e, desejando a morte, exclamou: «Já basta, Senhor. Tirai-me a vida, porque não sou melhor que meus pais». Deitou-se por terra e adormeceu à sombra do junípero. Nisto, um Anjo tocou-lhe e disse: «Levanta-te e come». Ele olhou e viu à sua cabeceira um pão cozido sobre pedras quentes e uma bilha de água. Comeu e bebeu e tornou a deitar-se. O Anjo do Senhor veio segunda vez, tocou-lhe e disse: «Levanta-te e come, porque ainda tens um longo caminho a percorrer». Elias levantou-se, comeu e bebeu. Depois, fortalecido com aquele alimento, caminhou durante quarenta dias e quarenta noites até ao monte de Deus, Horeb.
Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 9a)
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom. (Repete-se).

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes. (Refrão)

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade. (Refrão)

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias. (Refrão)

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia. (Refrão)

LEITURA II – Ef 4, 30 – 5, 2

« Caminhai na caridade, a exemplo de Cristo»

Crer em Deus não é somente um acto da inteligência. É também um acto da vontade humana enquanto a fé determina o comportamento cristão que nos move à libertação de todo o egoísmo, num reino de amor, de que Deus é modelo – na Trindade de Pessoas intimamente unidas.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Não contristeis o Espírito Santo de Deus, que vos assinalou para o dia da redenção. Seja eliminado do meio de vós tudo o que é azedume, irritação, cólera, insulto, maledicência e toda a espécie de maldade. Sede bondosos e compassivos uns para com os outros e perdoai-vos mutuamente, como Deus também vos perdoou em Cristo. Sede imitadores de Deus, como filhos muito amados. Caminhai na caridade, a exemplo de Cristo, que nos amou e Se entregou por nós, oferecendo-Se como vítima agradável a Deus.
Palavra do Senhor


ALELUIA – Jo 6, 51

Refrão: Aleluia. (Repete-se)

Eu sou o pão vivo que desceu do Céu, diz o Senhor;
Quem comer deste pão viverá eternamente. (Refrão)


EVANGELHO – Jo 6, 41-51

« Eu sou o pão vivo que desceu do Céu»

Jesus convida os seus ouvintes a acreditarem na Sua Palavra a acreditarem n’Ele que é vida. É natural o espanto gerado entre a multidão. Se somente Deus tem palavras de vida eterna, como pode o Filho de Maria e José dizer que Ele próprio é o pão da vida? As palavras de Jesus são um apelo à fé e são também o anúncio da Eucaristia – sacramento em que Ele nos dá como Pão da vida o Seu próprio Corpo.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, os judeus murmuravam de Jesus, por Ele ter dito: «Eu sou o pão que desceu do Céu». E diziam: «Não é Ele Jesus, o filho de José? Não conhecemos o seu pai e a sua mãe? Como é que Ele diz agora: ‘Eu desci do Céu’?». Jesus respondeu-lhes: «Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim. Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram. Mas este pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo».
Palavra da Salvação

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons que Vós mesmo concedestes à vossa Igreja e transformai-os, com o vosso poder, em sacramento da nossa salvação.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO – Salmo 147,12.14
Louva, Jerusalém, o Senhor,
que te saciou com a flor da farinha.

Ou – Jo 6, 52
O pão que Eu vos darei, diz o Senhor,
é a minha carne pela vida do mundo.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor, que a comunhão do vosso sacramento nos salve e nos confirme na luz da vossa verdade.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.