DOMINGO II DA PÁSCOA – ano C – 24ABR2022
MISSA |
ANTÍFONA
DE ENTRADA – Salmo 42, 1-2
Como
crianças recém-nascidas, desejai o leite espiritual,
que
vos fará crescer e progredir no caminho da salvação. Aleluia.
ORAÇÃO
COLECTA
Deus de eterna misericórdia, que reanimais a fé do vosso povo na
celebração anual das festas pascais, aumentai em nós os dons da vossa graça, para
compreendermos melhor as riquezas inesgotáveis do Baptismo com que fomos
purificados, do Espírito em que fomos renovados e do Sangue com que fomos
redimidos.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco
vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Liturgia
da Palavra |
LEITURA
I – Actos 5, 12-16
«Cada
vez mais gente aderia ao Senhor pela fé, uma multidão de homens e mulheres»
Uma
das características mais salientes da comunidade primitiva era o poder de
realizar milagres, que os Apóstolos tinham. Por esse poder especial, a presença
de Jesus Ressuscitado impunha-se duma forma sensível. Era d’Ele que lhes vinha,
com efeito, esse poder, de harmonia com o que lhes havia prometido (Mc. 16,
18).
Mas
não era apenas graças a estes prodígios que o número de crentes aumentava. A
Igreja crescia ainda mais, graças à acção, que os Apóstolos exerciam sobre os
corações, com o dom do Espírito Santo.
Leitura dos Actos dos Apóstolos
Pelas mãos dos Apóstolos realizavam-se muitos milagres e prodígios
entre o povo. Unidos pelos mesmos sentimentos, reuniam-se todos no Pórtico de
Salomão; nenhum dos outros se atrevia a juntar-se a eles, mas o povo
enaltecia-os. Uma multidão cada vez maior de homens e mulheres aderia ao Senhor
pela fé, de tal maneira que traziam os doentes para as ruas e colocavam-nos em
enxergas e em catres, para que, à passagem de Pedro, ao menos a sua sombra
cobrisse alguns deles. Das cidades vizinhas de Jerusalém, a multidão também
acorria, trazendo enfermos e atormentados por espíritos impuros e todos eram
curados.
Palavra do
Senhor
SALMO
RESPONSORIAL – Salmo 117 (118), 2-4.22-24.25-27ª (R. 1)
Refrão: Dai graças ao Senhor, porque Ele
é bom, porque é eterna a sua misericórdia. Aleluia. (Repete-se)
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Aarão:
é eterna a sua misericórdia.
Digam os que temem o Senhor:
é eterna a sua misericórdia. (Refrão)
A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. (Refrão)
Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos bendizemos.
O Senhor é Deus
e fez brilhar sobre nós a sua luz. (Refrão)
LEITURA
II – Ap 1, 9-11a.12-13.17-19
«Estive
morto, mas eis-Me vivo pelos séculos dos séculos»
A
fé dos cristãos da Ásia Menor, naqueles fins do século I, estava exposta a
sérios perigos. Ao golpe da perseguição vinha juntar-se a ameaça de erros
doutrinais (1 Jo. 2, 22-23).
Desejando
confortar os seus irmãos, o Apóstolo S. João dirige-se-lhes, da ilha de Patmos,
onde está exilado, para lhes garantir, por revelação divina, que Cristo
Ressuscitado, vencedor da morte, está presente nas comunidades cristãs, que
vivem d’Ele, de tal sorte que as potências do mal serão vencidas e a Igreja
triunfará com Cristo.
Leitura do Livro do Apocalipse
Eu, João, vosso irmão e companheiro nas tribulações, na realeza e
na perseverança em Jesus, estava na ilha de Patmos, por causa da palavra de
Deus e do testemunho de Jesus. No dia do Senhor fui movido pelo Espírito e ouvi
atrás de mim uma voz forte, semelhante à da trombeta, que dizia: «Escreve num
livro o que vês e envia-o às sete Igrejas». Voltei-me para ver de quem era a
voz que me falava; ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro e, no meio dos
candelabros, alguém semelhante a um filho do homem, vestido com uma longa
túnica e cingido no peito com um cinto de ouro. Quando o vi, caí a seus pés
como morto. Mas ele poisou a mão direita sobre mim e disse-me: «Não temas. Eu
sou o Primeiro e o Último, o que vive. Estive morto, mas eis-Me vivo pelos
séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e da morada dos mortos. Escreve,
pois, as coisas que viste, tanto as presentes como as que hão-de acontecer
depois destas».
Palavra do Senhor
ALELUIA – Jo 20, 29
Refrão: Aleluia. (Repete-se)
Disse o Senhor a Tomé:
«Porque Me viste, acreditaste;
felizes os que acreditam sem terem
visto. (Refrão)
EVANGELHO
– Jo 20, 19-31
«Oito
dias depois, veio Jesus...»
À semelhança de Tomé, muitas vezes, na nossa vida nos
deixamos dominar pelo desânimo, chegando mesmo a afastarmo-nos dos irmãos.
Se acreditássemos, verdadeiramente, na Ressurreição, a nossa
existência estaria marcada por essa consoladora realidade. A alegria pascal
seria uma constante, em todos os momentos; a fé na vida prevaleceria sobre o
desânimo, sobre o cansaço; a união na Igreja seria mais autêntica, mais forte;
e as relações entre os crentes não seriam envenenadas pelo individualismo, mas
inspiradas pelo desejo de tudo condividirmos com aqueles que receberam a mesma
vida nova, a vida de Cristo Ressuscitado.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as
portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio
Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito
isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao
verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o
Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e
disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados
ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes:
«Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos
cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os
discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas
fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois
disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e
mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na
presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém,
foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para
que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO
SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, as ofertas do vosso povo (e dos
vossos novos filhos), de modo que, renovados pela profissão da fé e pelo Baptismo,
mereçamos alcançar a bem-aventurança eterna.
Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na
unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
ANTÍFONA
DA COMUNHÃO – Jo 20, 27
Disse
Jesus a Tomé:
Aproxima
a tua mão e reconhece o lugar dos cravos.
Não
sejas incrédulo, mas fiel. Aleluia.
ORAÇÃO
DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei,
Deus todo-poderoso, que a força do sacramento pascal que recebemos permaneça
sempre em nossas almas.
Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na
unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.