sábado, 24 de novembro de 2018

PREPARAR A MISSA DO DOMINGO XXXIV DO TEMPO COMUM – ano B – 25NOV2018





 

É COMO DIZES: SOU REI


A REALEZA DE JESUS

Jesus confirma que é rei. A sua realeza, porém, não é semelhante à dos poderosos deste mundo. Estes exploram e oprimem o povo, enganando-o com um sistema de ideias, para esconder a sua acção. É o mundo da mentira. Jesus, ao contrário, é o Rei que dá a vida, trazendo aos homens o conhecimento do verdadeiro Deus e do verdadeiro homem. O seu reino é o reino da verdade, onde a exploração dá lugar à partilha e a opressão dá lugar à fraternidade. O messianismo, que surge a partir do exílio da Babilónia, tem origem na figura de David. A tradição de Israel apresenta-o como um rei glorioso que fundou um pequeno império ao dominar os povos vizinhos. Neste contexto, foi criada uma teologia imperial davídica, fortalecida pela profecia da aliança de Deus com David, à semelhança do poder religioso dos faraós, que se apresentavam como filhos do deus dinástico Amon-Rá. A partir do exílio na Babilónia, tendo desaparecido a sucessão de reis da dinastia davídica, os judeus, israelitas remanescentes na Judeia, permaneceram sob o domínio de impérios sucessivos. Muitos passaram, então, a aspirar pelo aparecimento de um “ungido”, o messias ou cristo, que seria um rei que, com poder e glória, restauraria o esplendor que a tradição atribuía ao antigo reino de Judá. No tempo de Jesus, sob o Império Romano, a expectativa messiânica era diversificada e intensa. Os próprios discípulos de Jesus que vieram do judaísmo participavam desta expectativa, que perdurou mesmo após a sua morte, assumindo a forma de messianismo celestial. Jesus, com a sua marcante liderança popular, foi confundido com o messias davídico. Daí se origina a atribuição do título de rei a ele, o que se evidencia, também, neste diálogo com Pilatos. A afirmação: “O meu reino não é deste mundo”, isto é, desta ordem de coisas, significa que ser rei dos judeus é próprio da ordem deste mundo. Jesus não pertence a esta ordem. Ele fala no Reino de Deus como o reino de “meu Pai”. Ao falar em “meu reino”, ele se situa como cidadão desse reino. A nova comunidade é o Reino de Deus, e seu carácter é o amor que se concretiza no serviço, e não a coroa real, seja na terra, seja no céu. Ao dizer: “Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus”, Jesus coloca-se do lado dos gentios. “Tu dizes que eu sou rei”, isto é, quem o diz é Pilatos. “Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade”. E a verdade é a paternidade de Deus, a fraternidade entre homens e mulheres em torno de Jesus, na comunhão de amor. A condição terrena de Jesus é a imagem da sua condição celestial: “Quem me vê, vê o Pai”. “Deus é amor e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele”. Jesus é a expressão desse amor na simplicidade da condição humana, na fraternidade e no serviço, o que o desqualifica para ser rei tanto na terra como no céu.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA – Ap 5, 12; 1, 6
O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder
e a riqueza, a sabedoria, a honra e o louvor.
Glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.

ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que no vosso amado Filho, Rei do universo, quisestes instaurar todas as coisas, concedei propício que todas as criaturas, libertas da escravidão, sirvam a vossa majestade e Vos glorifiquem eternamente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Liturgia da Palavra


LEITURA I – Dan 7, 13-14
«O seu poder é eterno»

O “Filho de homem” de que fala o profeta é a maneira de falar que Jesus depois adoptou, aplicando-a a Si mesmo. Este “Filho de homem” que recebe de Deus um reino eterno é Jesus, que, pela oblação de Si mesmo ao Pai na Cruz, mereceu a glória da ressurreição, e assim Se tornou o “Primogénito de entre os mortos”, Cabeça de toda a humanidade por Ele remida, Senhor de todo o Universo, sentado à direita do Pai.

Leitura da Profecia de Daniel
Contemplava eu as visões da noite, quando, sobre as nuvens do céu, veio alguém semelhante a um filho do homem. Dirigiu-Se para o Ancião venerável e conduziram-no à sua presença. Foi-lhe entregue o poder, a honra e a realeza, e todos os povos, nações e línguas O serviram. O seu poder é eterno, não passará jamais, e o seu reino não será destruído.
Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 92 (93), 1ab.1c-2.5 (R. 1a)
Refrão: O Senhor é rei num trono de luz. (Repete-se).

O Senhor é rei,
revestiu-Se de majestade,
revestiu-Se e cingiu-Se de poder. Refrão

Firmou o universo, que não vacilará.
É firme o vosso trono desde sempre,
Vós existis desde toda a eternidade. (Refrão)

Os vossos testemunhos são dignos de toda a fé,
a santidade habita na vossa casa
por todo o sempre. (Refrão)


LEITURA II – Ap 1, 5-8

«O Príncipe dos reis da terra fez de nós um reino de sacerdotes para Deus»

O Apocalipse de S. João, escrito em tempo de perseguição, proclama, para além da opressão e da morte infligida à Igreja, o triunfo pascal de Jesus, o Crucificado, mas agora Ressuscitado. Ele é Rei e Sacerdote diante de Deus. E os membros do seu povo, que é o seu Corpo místico, são, com Ele e n’Ele, reis e sacerdotes; são um povo real e sacerdotal; assim os fez o Baptismo.

Leitura do Apocalipse
Jesus Cristo é a Testemunha fiel, o Primogénito dos mortos, o Príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama e pelo seu sangue nos libertou do pecado e fez de nós um reino de sacerdotes para Deus seu Pai, a Ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amen. Ei-l’O que vem entre as nuvens, e todos os olhos O verão, mesmo aqueles que O trespassaram; e por sua causa hão-de lamentar-se todas as tribos da terra. Sim. Amen. «Eu sou o Alfa e o Ómega», diz o Senhor Deus, «Aquele que é, que era e que há-de vir, o Senhor do Universo».
Palavra do Senhor


ALELUIA – Mc 11, 9.10

Refrão: Aleluia. (Repete-se)

Bendito o que vem em nome do Senhor,
bendito o reino do nosso pai David. (Refrão)


EVANGELHO – Jo 18, 33b-37

«É como dizes: sou Rei»

No tribunal judaico do Sinédrio, Jesus tinha aplicado a Si o título de “Filho do homem”, referido pelo profeta Daniel na primeira leitura. Agora, no tribunal romano diante de Pilatos, confirma o título de Rei, que os seus inimigos citam contra Ele como motivo de condenação. Mas, só os que são da verdade podem compreender o que diz a sua voz.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. João
Naquele tempo, disse Pilatos a Jesus: «Tu és o Rei dos Judeus?». Jesus respondeu-lhe: «É por ti que o dizes, ou foram outros que to disseram de Mim?». Disse-Lhe Pilatos: «Porventura eu sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a mim. Que fizeste?». Jesus respondeu: «O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui». Disse-Lhe Pilatos: «Então, Tu és Rei?». Jesus respondeu-lhe: «É como dizes: sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».
Palavra da Salvação

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, este sacrifício da reconciliação humana e, pelos méritos de Cristo vosso Filho, concedei a todos os povos o dom da unidade e da paz.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO – Salmo 28, 10-11
O Senhor está sentado como Rei eterno;
O Senhor abençoará o seu povo na paz.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da imortalidade,
fazei que, obedecendo com santa alegria
aos mandamentos de Cristo, Rei do universo,
mereçamos viver para sempre com Ele no reino celeste.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



sábado, 17 de novembro de 2018

PREPARAR MISSA DO DOMINGO XXXIII DO TEMPO COMUM – 18NOV2018



REUNIRÁ OS SEUS ELEITOS DOS QUATRO PONTOS CARDEAIS





AS ÚLTIMAS REALIDADES

“O cristianismo é todo ele escatologia[1]; não é só um apêndice”; “toda a pregação cristã, toda a existência cristã e a própria Igreja no seu conjunto, se caracterizam pela sua orientação escatológica” (Moltmann). De facto, com a ressurreição de Jesus, o mundo e a história entraram na sua fase final, na plenitude dos tempos. As promessas de Deus realizam-se e os céus e terra novos já estão inaugurados. Em Cristo, Deus já disse a sua palavra definitiva; já foi lançado em nós o Espírito, semente das realidades futuras.

O cristão constrói o futuro hoje
Compreender isto significa compreender que o cristão é o homem do futuro. Significa não tanto que o cristão é homem que “espera o futuro” que lhe será dado depois da morte; mas, antes, que é o homem que constrói hoje o seu futuro. Em certo sentido, depois de Cristo tudo está feito; nada mais esperamos de substancialmente novo. No entanto, é também verdade que tudo está por fazer. Trata-se de fazer com que o mundo “faça a páscoa”, com que todas as realidades da criação “passem” à esfera de Cristo, o qual no fim “recapitulará” em si todas as coisas. Esta é a grande obra que preenche todo o tempo da Igreja; e está longe de se ter completado. Mais do que uma função pessoal e social, deve o cristão desempenhar na terra uma função que poderíamos chamar cósmica. Assim como o pecado de Adão não teve consequências só para o homem, mas repercutiu também no cosmos e na matéria que se tornou opaca (oculta Deus em lugar de manifestá-lo), pesada, (arrasta para baixo em lugar de elevar) e rebelde ao homem (comerás com o suor do teu rosto...), também a redenção de Cristo atingiu todo o universo. Ele salvou todo o homem, também o corpo destinado à ressurreição e à glória juntamente com o Espírito. Solidária com o primeiro Adão na queda, a criação é chamada a participar da vitória do segundo Adão.
São Paulo vê a natureza tendendo para a redenção e ouve os seus gemidos, semelhantes aos de mulher em parto (Rm 8,12-22). Todas as coisas tendem para Cristo que “recapitulará em si a criatura” (Ef 1,9). Salvador do homem, Cristo é-o também do universo. Neste esforço, nesta tensão, o cristão é chamado a desempenhar um papel insubstituível. É o cristão que, com o seu trabalho, com o sacrifício e a oração, “humanizará” este mundo e preparará aquela transformação do universo nos céus novos e na “nova terra” que inaugurará o definitivo reino de Deus. Numa palavra, “o que a alma é no corpo devem ser os cristãos no mundo”.

O cristão não caminha só
O cristão é peregrino nesta terra. Não é cidadão; é exilado em marcha para a verdadeira Pátria. Considera a terra não como habitação permanente, mas como a etapa de uma viagem. Por isto, não constrói aqui casa de pedra sólida, mas apenas uma tenda, como o viajante que faz uma pausa no deserto. Uma interpretação unilateral e injusta das realidades humanas (favorecida, aliás, por certa pregação também unilateral e míope) fez com que muitos homens de nosso tempo encarassem com desconfiança a religião cristã, como se fosse inimiga do mundo, da vida, do progresso, do esforço humano; uma religião de evasão, de descomprometimento, de renúncia passiva e covarde; o ópio que entorpece o homem e dele retira todo interesse pela cidade terrestre, seduzindo-o com a promessa de um além feliz e ilusório.
Mas, é muito diferente a missão do cristão no mundo: “O cristão não se caracteriza pela fuga; é, ao contrário, alguém comprometido como pessoa no incremento, no bom êxito, na salvação do mundo. Sabe que o universo inteiro tem um só princípio de consistência, de movimento, de fim – Cristo; porque por meio dele todas as coisas foram feitas e nele todas subsistem (Cl 1,16-18). Cristo é, deste modo, aquele que congrega, trabalhando no íntimo das almas e das coisas para tudo santificar, tudo unir, tudo consagrar para a glória de Deus. “O cristão coloca-se voluntariamente neste gigantesco empreendimento, no seu lugar, no seu tempo, com os seus recursos. Não trabalha sozinho: colabora... Trabalha com coragem, porque a luta é dura; com fé, porque a tarefa é misteriosa e sem proporção com as forças humanas; trabalha para fazer crescer o universo e despontar a nova criação através da luta caótica e dolorosa, cheia de esperança e de preocupações, luta que não é, porém, a de uma agonia e sim a de um parto” (J. Mouroux).


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA – Jer 29, 11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos
de todos os lugares da terra.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça de encontrar sempre a alegria no vosso serviço, porque é uma felicidade duradoira e profunda ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Liturgia da Palavra


LEITURA I – Dan 12, 1-3
«Nesse tempo virá a salvação para o teu povo»

Em tempo de grande perseguição religiosa sofrida pelo povo de Deus no fim do Antigo Testamento, o profeta aponta a ressurreição futura como o destino último dos que estavam sendo vítimas da perseguição. A última palavra haveria de ser não a da morte, mas a da vida, como algum tempo depois se manifestou claramente na ressurreição de Cristo. Ao chegarmos quase ao fim do ano litúrgico, surge no horizonte a luz da glória da vida eterna para além da morte.

Leitura da Profecia de Daniel
Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande chefe dos Anjos, que protege os filhos do teu povo. Será um tempo de angústia, como não terá havido até então, desde que existem nações. Mas nesse tempo, virá a salvação para o teu povo, para aqueles que estiverem inscritos no livro de Deus. Muitos dos que dormem no pó da terra acordarão, uns para a vida eterna, outros para a vergonha e o horror eterno. Os sábios resplandecerão como a luz do firmamento e os que tiverem ensinado a muitos o caminho da justiça brilharão como estrelas por toda a eternidade.
Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 15 (16), 5.8.9-10.11 (R. 1)
Refrão: Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio. (Repete-se).

Ou: Guardai-me, Senhor, porque esperei em Vós. (Repete-se).

Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei. Refrão

Por isso o meu coração se alegra
e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção. (Refrão)

Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita. (Refrão)


LEITURA II – Hebr 10, 11-14.18

«Por uma única oblação, tornou perfeitos para sempre os que foram santificados»

Uma vez que Se ofereceu ao Pai na Cruz em sacrifício, Jesus entrou no santuário celeste como o manifestou a sua ressurreição. É essa a salvação total e perfeita. A partir daí, e pelos merecimentos em que Ele, por misericórdia de Deus, nos quer fazer participar, todos nós podemos, com Ele e por Ele, entrar também no santuário celeste. É essa a esperança dos cristãos: passar, com Cristo, da morte à ressurreição.

Leitura da Epístola aos Hebreus
Todo o sacerdote da antiga aliança se apresenta cada dia para exercer o seu ministério e oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca poderão perdoar os pecados. Cristo, ao contrário, tendo oferecido pelos pecados um único sacrifício, sentou-Se para sempre à direita de Deus, esperando desde então que os seus inimigos sejam postos como escabelo dos seus pés. Porque, com uma única oblação, tornou perfeitos para sempre os que Ele santifica. Onde há remissão dos pecados, já não há necessidade de oblação pelo pecado.
Palavra do Senhor


ALELUIA – Lc 21, 36

Refrão: Aleluia. (Repete-se)

Vigiai e orai em todo o tempo,
para poderdes comparecer
diante do Filho do homem. (Refrão)


EVANGELHO – Mc 13, 24-32

«Reunirá os seus eleitos dos quatro pontos cardeais»

O ano caminha para o seu termo, não como para um fim sem além, mas como para o supremo momento de quem tem vivido na expectativa de alguém que vai chegar e quer ser acolhido. É o Senhor Jesus, o Filho do Homem, que virá para congregar os homens em Si, e os levar consigo para o Pai. Aí será o lugar do repouso eterno, para quem viver esta vida presente na expectativa feliz do Senhor que vem. Expectativa e preparação são atitudes fundamentais de toda a vida cristã, hoje lembradas de maneira particular.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Marcos
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Naqueles dias, depois de uma grande aflição, o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade; as estrelas cairão do céu e as forças que há nos céus serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória. Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da terra à extremidade do céu. Aprendei a parábola da figueira: quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai».
Palavra da Salvação

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor, que os dons oferecidos para glória do vosso nome nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO – Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.

Ou – Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados, humildemente Vos pedimos, Senhor: o sacramento que o vosso Filho nos mandou celebrar em sua memória aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






[1] Parte da teologia e filosofia que trata dos últimos acontecimentos na história do mundo ou do destino final do género humano.

sábado, 10 de novembro de 2018

PREPARAR MISSA DO DOMINGO XXXII DO TEMPO COMUM



O CONTRIBUTO DA POBRE VIÚVA





DOMINGO XXXII DO TEMPO COMUM – ano B – 11NOV2018



DAVA COM AMOR AQUILO DE QUE PRECISAVA

Jesus critica os intelectuais da classe dominante, que transformam o saber em poder, aproveitando-se da própria situação para viverem ricamente à custa das camadas mais pobres do povo. Disfarçando tal exploração com orações, isto é, com motivo religioso, tornam-se ainda mais culpados. Enquanto os doutores da Lei “exploram as viúvas e roubam as casas”, uma viúva pobre deposita no Tesouro do Templo “tudo o que possuía para viver”. É o único facto positivo que Jesus vê em Jerusalém. Por isso proclama solenemente esse gesto (“eu garanto-vos”), em contraposição à solidariedade ostensiva dos ricos. Mostra, assim, o significado dessa oferta: as relações económicas que devem vigorar numa sociedade que crê em Deus são as relações de doação total, que deixam as próprias seguranças e não as relações baseadas no supérfluo. O contraste entre a oferta dos ricos e a da pobre viúva foi sublinhado, de propósito, por Jesus. Dois gestos, materialmente idênticos, escondiam diferenças significativas. A oferta do rico, maior em quantidade, não tinha a qualidade da oferta da viúva: a primeira provinha do supérfluo, a segunda da penúria e significava abrir mão do próprio sustento. A generosidade do rico revelou exibição, enquanto a da viúva tinha a consistência de um gesto feito do coração. A observação de Jesus deixava transparecer a sua simpatia e predilecção pelos pobres. A humildade e simplicidade destes tornavam-nos abertos para Deus, a ponto de se esquecerem de si próprios e das suas necessidades materiais. A total confiança na misericórdia divina levava-os a mostrarem-se desapegados mesmo daquilo que lhes era necessário para sobreviver. Desta maneira, os pobres mostravam-se mais predispostos a acolher o Reino de Deus. Por não estarem apegados aos bens materiais, deixavam espaço aberto para Deus se tornar Senhor das suas vidas. Jesus dava-se conta de como a pobreza gerava liberdade, possibilitando a acção do Reino. Louvando o gesto daquela pobre viúva, Jesus denunciava o daqueles que acreditavam poder comprar a benevolência divina com esmolas generosas. Aquela viúva, empobrecida, era uma explorada que ainda dava tudo o que tinha, para aumentar as riquezas acumuladas naquele Tesouro.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA – Salmo 87, 3
Chegue até Vós, Senhor, a minha oração,
inclinai o ouvido ao meu clamor.

ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e misericordioso, afastai de nós toda a adversidade, para que, sem obstáculos do corpo ou do espírito, possamos livremente cumprir a vossa vontade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Liturgia da Palavra


LEITURA I – 1 Reis 17, 10-16
«Do seu punhado de farinha, a viúva fez um pãozinho e trouxe-o a Elias»

Frequentes vezes, a palavra de Deus apresenta o contraste entre a opulência e a pobreza, entre a ostentação e a simplicidade, para nos fazer compreender que os humildes e os simples, que a Sagrada Escritura chama “os pobres”, têm o primeiro lugar aos olhos de Deus. Nesta leitura, vemos como foi uma pobre viúva que soube acolher o profeta de Deus, e como por isso foi recompensada com dons abundantes. Ensinamento semelhante ao que ouviremos no Evangelho.

Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias, o profeta Elias pôs-se a caminho e foi a Sarepta. Ao chegar às portas da cidade, encontrou uma viúva a apanhar lenha. Chamou-a e disse-lhe: «Por favor, traz-me uma bilha de água para eu beber». Quando ela ia a buscar a água, Elias chamou-a e disse: «Por favor, traz-me também um pedaço de pão». Mas ela respondeu: «Tão certo como estar vivo o Senhor, teu Deus, eu não tenho pão cozido, mas somente um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na almotolia. Vim apanhar dois cavacos de lenha, a fim de preparar esse resto para mim e meu filho. Depois comeremos e esperaremos a morte». Elias disse-lhe: «Não temas; volta e faz como disseste. Mas primeiro coze um pãozinho e traz-mo aqui. Depois prepararás o resto para ti e teu filho. Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘Não se esgotará a panela da farinha, nem se esvaziará a almotolia do azeite, até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da terra’». A mulher foi e fez como Elias lhe mandara; e comeram ele, ela e seu filho. Desde aquele dia, nem a panela da farinha se esgotou, nem se esvaziou a almotolia do azeite, como o Senhor prometera pela boca de Elias.
Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 145 (146), 7.8-9a.9bc-10
Refrão: Ó minha alma, louva o Senhor. (Repete-se).

Ou: Aleluia. (Repete-se).

O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos. Refrão

O Senhor ilumina os olhos do cego,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos. (Refrão)

O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
e entrava o caminho aos pecadores. (Refrão)

O Senhor reina eternamente;
o teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações. (Refrão)


LEITURA II – Hebr 9, 24-28

«Cristo ofereceu-Se uma só vez para tomar sobre Si os pecados de muitos»

O sacrifício de Cristo, oferecido por Ele sobre a Cruz, é o momento culminante de toda a vida de Jesus e até da história de toda a humanidade. Oferecendo-Se em sacrifício ao Pai, Ele abriu o caminho para junto de Deus, primeiro para Ele mesmo, como homem que também era, e, em Si e consigo, para todos os que a Ele se entregam e Lhe obedecem, como Ele obedeceu ao Pai. Em Cristo todos podem encontrar o caminho e a porta para Deus.

Leitura da Epístola aos Hebreus
Cristo não entrou num santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, para Se apresentar agora na presença de Deus em nosso favor. E não entrou para Se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote que entra cada ano no Santuário, com sangue alheio; nesse caso, Cristo deveria ter padecido muitas vezes, desde o princípio do mundo. Mas Ele manifestou-Se uma só vez, na plenitude dos tempos, para destruir o pecado pelo sacrifício de Si mesmo. E, como está determinado que os homens morram uma só vez e a seguir haja o julgamento, assim também Cristo, depois de Se ter oferecido uma só vez para tomar sobre Si os pecados da multidão, aparecerá segunda vez, sem a aparência do pecado, para dar a salvação àqueles que O esperam.
Palavra do Senhor


ALELUIA – Mt 5, 3

Refrão: Aleluia. (Repete-se)

Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão (Refrão)


EVANGELHO – Mc 12, 38-44

«Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros»

Como a viúva de que falava a primeira leitura também esta outra viúva a que se refere agora o Evangelho amou mais a palavra de Deus do que os seus poucos bens, que eram, na verdade os únicos e bem pequenos. Mas, por isso mesmo, a sua acção foi de maior alcance e mais meritória do que as grandes dádivas dos que muito possuíam. Gesto bem pequeno, portador de uma grande lição, porque inspirado por um grande amor.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Marcos
Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: «Acautelai-vos dos escribas, que gostam de exibir longas vestes, de receber cumprimentos nas praças, de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes. Devoram as casas das viúvas, com pretexto de fazerem longas rezas. Estes receberão uma sentença mais severa». Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante. Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros. Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver».
Palavra da Salvação

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, com benevolência para o sacrifício que Vos apresentamos, a fim de participarmos com sincera piedade no memorial da paixão do vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO – Salmo 22, 1-2
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados.
Conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ou – Lc 24, 35
Os discípulos reconheceram
o Senhor Jesus ao partir o pão.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos damos graças, Senhor, pelo alimento celeste que recebemos e imploramos da vossa misericórdia que, pela acção do Espírito Santo, perseverem na vossa graça os que receberam a força do alto.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



sábado, 3 de novembro de 2018

PREPARAR A MISSA – DOMINGO XXXI DO TEMPO COMUM






NÃO ESTÁS LONGE DO REINO DE DEUS

Para um judeu piedoso, que quisesse sem cumpridor da Lei de Deus, surgiam muitos obstáculos. E o grande obstáculo era a forma como, ao tempo de Jesus, era apresentada esta mesma Lei, para nós o Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia, condensada (?) em 613 preceitos (248 positivos e 365 negativos) que deviam ser escrupulosamente cumpridos, havendo uns mais importantes que outros. Qualquer falha representava um pecado grave porque era contra a Lei de Deus.
É com esta mentalidade que se deve entender a maior parte das polémicas entre os escribas, os fariseus e Jesus, a propósito de assuntos que à nossa mentalidade actual causa estranheza (colher algumas espigas em dia de sábado, não lavar as mãos antes de comer, curar no dia sagrado de Sábado…).
É verdade que nem todos os mestres viam as coisas deste modo. Algumas dezenas de anos antes de Jesus, houve um mestre, Hillel, homem inteligente, mas cordato, que resumiu a Lei: «Aquilo que não desejas para ti, não o faças ao teu próximo; aqui está toda a lei, o resto é apenas comentário».
O escriba que Marcos nos apresenta é um homem sincero que, não satisfeito com o modo de pensar do seu tempo nem simplesmente alimentar discussões sobre pormenores, quer saber a opinião daquele mestre que arrasta multidões: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?».
Jesus une na sua resposta citações de dois livros diferentes: o Deuteronómio (6,4-5), com o Shemá (Escuta…), que todo o judeu recita três vezes ao dia, em que é apresentado o Deus Único e o amor incondicional a Ele; e o Levítico (19,18) que dá a medida do amor ao próximo: como a si mesmo.
O escriba entendeu e coloca este amor em duas vertentes indivisíveis acima de todo o acto de culto que só terá sentido se for realizado numa linha de amor.
Jesus não explica mais nada. Limita-se a verificar que aquele escriba é diferente porque anda à procura, porque está aberto a Deus e não encerrado no emaranhado dos preceitos e dos mandamentos. Daí a resposta: «Não estás longe do Reino de Deus».


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA – Salmo 37, 22-23
Não me abandoneis, Senhor;
meu Deus, não Vos afasteis de mim.
Senhor, socorrei-me e salvai-me.

ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e misericordioso, de quem procede a graça de Vos servirmos fiel e dignamente, fazei-nos caminhar sem obstáculos para os bens por Vós prometidos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Liturgia da Palavra


LEITURA I – Deut 6, 2-6
«Escuta, Israel: Amarás o Senhor com todo o teu coração»

Amar a Deus de todo o coração, acima de todas as coisas, é lei fundamental para todo o homem. Não é novidade trazida por Cristo; constitui princípio absoluto já no Antigo Testamento. Jesus há-de recordá-lo para o levar depois à perfeição. Não é por acaso que o povo judaico, já desde o Antigo Testamento, introduziu esta passagem bíblica na sua oração da manhã diária. Nós também agora a lemos na oração da noite (Completas) na Véspera de cada domingo.

Leitura do Livro do Deuteronómio
Moisés dirigiu-se ao povo, dizendo: «Temerás o Senhor, teu Deus, todos os dias da tua vida, cumprindo todas as suas leis e preceitos que hoje te ordeno, para que tenhas longa vida, tu, os teus filhos e os teus netos. Escuta, Israel, e cuida de pôr em prática o que te vai tornar feliz e multiplicar sem medida na terra onde corre leite e mel, segundo a promessa que te fez o Senhor, Deus de teus pais. Escuta, Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. As palavras que hoje te prescrevo ficarão gravadas no teu coração».
Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL – 17 (18), 2-3.4.47.50-51ab (R. 2)
Refrão: Eu Vos amo, Senhor: Vós sois a minha força. (Repete-se).

Eu Vos amo, Senhor, minha força,
minha fortaleza, meu refúgio e meu libertador,
meu Deus, auxílio em que ponho a minha confiança,
meu protector, minha defesa e meu salvador. (Refrão)

Invoquei o Senhor – louvado seja Ele –
e fiquei salvo dos meus inimigos.
Viva o Senhor, bendito seja o meu protector;
exaltado seja Deus, meu salvador. (Refrão)

Senhor, eu Vos louvarei entre os povos
e cantarei salmos ao vosso nome.
O Senhor dá ao seu Rei grandes vitórias
e usa de bondade para com o seu Ungido. (Refrão)


LEITURA II – Hebr 7, 23-28

«Porque permanece para sempre, possui um sacerdócio eterno»

Na continuação dos domingos anteriores, a leitura da Epístola aos Hebreus aprofunda o sentido do sacerdócio de Cristo; ele é superior ao da Antiga Aliança, porque é intransmissível, por isso, eterno. Na glória da ressurreição, em que vive agora para sempre, Jesus intercede por nós, e as acções sacerdotais da Igreja sobre a terra significam e tornam operante para os homens de todos os tempos e lugares o sacerdócio eterno de Jesus Cristo.

Leitura da Epístola aos Hebreus
Irmãos: Os sacerdotes da antiga aliança sucederam-se em grande número, porque a morte os impedia de durar sempre. Mas Jesus, que permanece eternamente, possui um sacerdócio eterno. Por isso pode salvar para sempre aqueles que por seu intermédio se aproximam de Deus, porque vive perpetuamente para interceder por eles. Tal era, na verdade, o sumo sacerdote que nos convinha: santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores e elevado acima dos céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiro pelos seus próprios pecados, depois pelos pecados do povo, porque o fez de uma vez para sempre quando Se ofereceu a Si mesmo. A Lei constitui sumos sacerdotes homens revestidos de fraqueza, mas a palavra do juramento, posterior à Lei, estabeleceu o Filho sumo sacerdote perfeito para sempre.
Palavra do Senhor


ALELUIA – Jo 14, 23

Refrão: Aleluia. (Repete-se)

Se alguém Me ama, guardará a minha palavra, diz o Senhor;
meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada. (Refrão)


EVANGELHO – Mc 12, 28b-34

«Amarás o Senhor teu Deus. Amarás o teu próximo»

Na Nova Aliança, Jesus, o Filho de Deus, leva à perfeição o primeiro mandamento da Lei, o amor de Deus, e declara o amor para com o próximo, o segundo mandamento, semelhante ao primeiro. Reconhecê-lo e aceitá-lo é já um grande dom e o ponto de partida para o pôr em prática. Foi assim a primeira atitude do escriba; e Jesus louvou-o por isso. Ele estava já no bom caminho.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Marcos
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?». Jesus respondeu: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’. O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há nenhum mandamento maior que estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além d’Ele. Amá-l’O com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma res¬posta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-l’O.
Palavra da Salvação

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, fazei que este sacrifício seja para Vós uma oblação pura e para nós o dom generoso da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO – Salmo 15, 11
O Senhor me ensinará o caminho da vida,
a seu lado viverei na plenitude da alegria.

Ou – Jo 6, 58
Assim como o Pai que Me enviou
é o Deus vivo e Eu vivo pelo Pai,
também o que Me come viverá por Mim, diz o Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Multiplicai em nós, Senhor, os frutos da vossa graça, para que os sacramentos celestes que nos alimentam na vida presente nos preparem para alcançarmos a herança prometida.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.