(Domingo, 3 de Agosto de 2014)
“Todos comeram e ficaram saciados”
LEITURA I – Is 55,
1-3
“Vinde e comei”
O alimento e a bebida, com que se sustenta a nossa vida, são
para nós coisas tão fundamentais que Deus se serve delas para nos fazer sentir
a fome e a sede d’Ele. Mais do que o pão para o corpo, temos necessidade do
alimento do espírito. Deus oferece-no-lo de maneira gratuita e quase nos obriga
a aceitá-lo, para que se torne cada vez mais forte e segura a aliança connosco.
Leitura do Livro de
Isaías
“Eis o que diz o
Senhor: «Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas. Vós que não
tendes dinheiro, vinde, comprai e comei. Vinde e comprai, sem dinheiro e sem
despesa, vinho e leite. Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não
alimenta e o vosso trabalho naquilo que não sacia? Ouvi-Me com atenção e
comereis o que é bom; saboreareis manjares suculentos. Prestai-Me ouvidos e
vinde a Mim; escutai-Me e vivereis. Firmarei convosco uma aliança eterna, com
as graças prometidas a David.”
LEITURA II – Rom 8,
35.37-39
“Nenhuma criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que se
manifestou em Jesus Cristo”
Depois de ter apresentado, nos domingos anteriores, a
verdadeira situação do homem que vive animado pelo espírito de Cristo, S. Paulo
termina hoje este capítulo com um hino ao amor de Deus manifestado em Jesus
Cristo, amor que em nós provoca uma resposta de amor, que nada poderá vencer.
Leitura da Epístola do
apóstolo São Paulo aos Romanos
“Irmãos: Quem poderá
separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome,
a nudez, o perigo ou a espada? Mas em tudo isto somos vencedores, graças Àquele
que nos amou. Na verdade, eu estou certo de que nem a morte nem a vida, nem os
Anjos nem os Principados, nem o presente nem o futuro, nem as Potestades nem a
altura nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do
amor de Deus, que se manifestou em Cristo Jesus, Nosso Senhor.”
EVANGELHO Mt 14,
13-21
“Todos comeram e ficaram saciados”
A multiplicação dos pães, ao cair da tarde, para a multidão
que segue Jesus, no deserto, é-nos contada pelo evangelista à maneira da
própria celebração da Eucaristia. É na celebração desta que o Senhor, pelo
ministério dos sucessores dos Apóstolos, alimenta o seu povo e o fortalece na
travessia do deserto desta vida, o sacia desde já com o alimento celeste, como
fez outrora com o maná ao povo de Israel, quando este, no deserto também, caminhava
para a Terra Prometida.
Evangelho de Nosso
Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
“Naquele tempo, quando
Jesus ouviu dizer que João Baptista tinha sido morto, retirou-Se num barco para
um local deserto e afastado. Mas logo que as multidões o souberam, deixando as
suas cidades, seguiram-n’O por terra. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande
multidão e, cheio de compaixão, curou os seus doentes. Ao cair da tarde, os
discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Este local é deserto e a
hora avançada. Manda embora toda esta gente, para que vá às aldeias comprar
alimento». Mas Jesus respondeu-lhes: «Não precisam de se ir embora; dai-lhes
vós de comer». Disseram-Lhe eles: «Não temos aqui senão cinco pães e dois
peixes». Disse Jesus: «Trazei-mos cá». Ordenou então à multidão que se sentasse
na relva. Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e
recitou a bênção. Depois partiu os pães e deu-os aos discípulos e os discípulos
deram-nos à multidão. Todos comeram e ficaram saciados. E, dos pedaços que
sobraram, encheram doze cestos. Ora, os que comeram eram cerca de cinco mil
homens, sem contar mulheres e crianças.”