DOMINGO III DO ADVENTO – ano C – 12DEZ2021
MISSA |
ANTÍFONA
DE ENTRADA – Filip 4, 4.5
Alegrai-vos
sempre no Senhor.
Exultai
de alegria: o Senhor está perto.
ORAÇÃO
COLECTA
Deus de infinita bondade, que vedes o vosso povo esperar fielmente
o Natal do Senhor, fazei-nos chegar às solenidades da nossa salvação e
celebrá-las com renovada alegria.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
Liturgia
da Palavra |
LEITURA
I – Sof 3, 14-18a
«O
Senhor exulta de alegria por tua causa»
O
convite à alegria, dirigido pelo profeta a Jerusalém, está fundamentado nesta
certeza consoladora: Deus, o Rei de Israel e o Salvador, está presente no meio
do Seu Povo, apesar das desordens e pecados passados.
Esta
presença amorosa de Deus traz consigo o perdão, suspendendo o castigo,
afastando o medo e o desalento e dando origem a uma renovação tão maravilhosa
que o próprio Deus Se alegrará perante esta nova criação.
Leitura da Profecia de Sofonias
Clama jubilosamente, filha de Sião; solta brados de alegria,
Israel. Exulta, rejubila de todo o coração, filha de Jerusalém. O Senhor
revogou a sentença que te condenava, afastou os teus inimigos. O Senhor, Rei de
Israel, está no meio de ti e já não temerás nenhum mal. Naquele dia, dir-se-á a
Jerusalém: «Não temas, Sião, não desfaleçam as tuas mãos. O Senhor teu Deus
está no meio de ti, como poderoso salvador. Por causa de ti, Ele enche-Se de
júbilo, renova-te com o seu amor, exulta de alegria por tua causa, como nos
dias de festa».
Palavra do
Senhor
SALMO
RESPONSORIAL – Is 12, 2-3.4bcd.5-6 (R. 6)
Refrão: Exultai de alegria,
porque
é grande no meio de vós
o
Santo de Israel. (Repete-se)
Deus
é o meu Salvador,
tenho
confiança e nada temo.
O
Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele
é a minha salvação. (Refrão)
Tirareis
água com alegria das fontes da salvação.
Agradecei
ao Senhor, invocai o seu nome;
anunciai
aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai
a todos que o seu nome é santo. (Refrão)
Cantai
ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as
em toda a terra.
Entoai
cânticos de alegria, habitantes de Sião,
porque
é grande no meio de vós o Santo de Israel. (Refrão)
LEITURA
II – Filip 4, 4-7
«O Senhor
está próximo»
A
Religião cristã é uma religião de alegria. É certo que alguns cristãos ficam
apenas na Quaresma, esquecidos de que ela é apenas uma etapa na obra redentora,
e de que, para além da Paixão e da Ressurreição, Cristo continua a viver no
meio de nós, pondo-nos em comunhão com Deus e com os irmãos.
A
alegria é uma consequência da nossa fé, um imperativo do Senhor, que S. Paulo
reforça. O cristão deve vivê-la, mesmo nas horas más, deve transmiti-la, dando
assim testemunho da presença de Deus no mundo.
Leitura da Primeira Epístola do
apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos: Alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo:
alegrai-vos. Seja de todos conhecida a vossa bondade. O Senhor está próximo.
Não vos inquieteis com coisa alguma; mas em todas as circunstâncias, apresentai
os vossos pedidos diante de Deus, com orações, súplicas e acções de graças. E a
paz de Deus, que está acima de toda a inteligência, guardará os vossos corações
e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor
ALELUIA – Is 61, 1 (cf. Lc 4, 18)
Refrão: Aleluia (Repete-se)
O Espírito do Senhor está sobre
mim:
enviou-me a anunciar a boa nova
aos pobres. (Refrão)
EVANGELHO
– Lc 3, 10-18
«Que
devemos fazer?»
João Baptista inserindo-se na linha dos profetas do A. T.,
para os quais a conversão consistia em voltar a viver o amor de Deus e do
próximo, indica aos homens das mais diversas classes sociais qual a penitência
agradável a Deus – o cumprimento dos seus deveres, em função do amor do
próximo.
Mas a conversão, com o abandono do pecado, é também recepção
do Espírito, ou Amor de Deus, princípio duma vida nova, que se comunica
mediante um sinal de conversão – o Baptismo.
Ninguém é excluído desta conversão, pois todas as situações
humanas se podem viver no amor.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, as multidões perguntavam a João Baptista: «Que
devemos fazer?». Ele respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem
não tem nenhuma; e quem tiver mantimentos faça o mesmo». Vieram também alguns
publicanos para serem baptizados e disseram: «Mestre, que devemos fazer?». João
respondeu-lhes: «Não exijais nada além do que vos foi prescrito».
Perguntavam-lhe também os soldados: «E nós, que devemos fazer?». Ele
respondeu-lhes: «Não pratiqueis violência com ninguém nem denuncieis
injustamente; e contentai-vos com o vosso soldo». Como o povo estava na
expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias, ele
tomou a palavra e disse a todos: «Eu baptizo-vos com água, mas está a chegar
quem é mais forte do que eu, e eu não sou digno de desatar as correias das suas
sandálias. Ele baptizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo. Tem na mão a
pá para limpar a sua eira e recolherá o trigo no seu celeiro; a palha, porém,
queimá-la-á num fogo que não se apaga». Assim, com estas e muitas outras exortações,
João anunciava ao povo a Boa Nova».
Palavra da salvação.
MEDITAÇÃO
JOÃO
BATISTA PREGA A CONVERSÃO
João Baptista
convida a uma mudança radical de vida, porque já se aproxima o Reino, que vai
transformar radicalmente as relações entre os homens. É o tempo do julgamento,
e nada adianta ter fé teórica, pois o julgamento basear-se-á nas opções e
atitudes concretas que cada um assume. Os fariseus, com a falsa segurança das
suas observâncias religiosas, e os saduceus, com as suas intrigas políticas
para conservar o poder, pertencem à estrutura que vai ser superada pelo Reino.
Naquela época a dinâmica da actuação de João Baptista suscitava especulações
sobre a possibilidade de ser ele o próprio Messias. É que havia aparecido
alguns pseudoprofetas e pseudomessias, como por exemplo, Teudas, que tinha uns
quatrocentos seguidores e um outro chamado de Judas, o Galileu, que também
tinha os seus admiradores actuantes (cf. At 5,36-37). Mas, João é enfático:
“vem aquele que é mais forte do que eu”. Ele apenas compara o seu baptismo com
o de Jesus. O cerne da questão não está centrado no baptismo com água, pois a
Igreja primitiva já o fazia, mas que o Baptismo de São João Batista é só na
água, enquanto o baptismo de Jesus será definitivo: um acto do Criador que leva
à salvação, através do Espírito Santo. A alusão ao fogo resulta no processo da
separação entre o joio e o trigo, ou seja, entre os que estão condenados e os
que estão salvos.
ORAÇÃO
SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor, que a oblação deste sacrifício se renove sempre na
vossa Igreja, de modo que a celebração do mistério por Vós instituído realize
em nós plenamente a obra da salvação.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco
na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA
DA COMUNHÃO – Is 35, 4
Dizei
aos desanimados: Tende coragem e não temais.
Eis
o nosso Deus que vem salvar-nos.
ORAÇÃO
DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei,
Senhor, pela vossa bondade, que este divino sacramento nos livre do pecado e
nos prepare para as festas que se aproximam.
Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo
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