domingo, 10 de abril de 2022

DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR

 

 Domingo da Semana da Paixão – ano C – 03ABR2022

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA – Mt 21, 9

Hossana ao Filho de David.

Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel.

Hossana nas alturas.

 

Oração coleta

Deus todo-poderoso e eterno, que, para salvar a humanidade, quisestes que o nosso Salvador Se fizesse homem e suportasse a cruz, fazei que vivamos unidos a Ele na sua paixão para chegarmos a tomar parte na glória da sua ressurreição.

Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,

por todos os séculos dos séculos.

 

Liturgia da Palavra

 

LEITURA I – Is 50, 4-7

«Não desviei o meu rosto dos que Me ultrajavam, mas sei que não ficarei desiludido»

 

Esta leitura é um dos chamados “Cânticos do Servo do Senhor”. Este Servo revela-se plenamente em Jesus, na sua Paixão: Ele escuta a palavra do Pai e responde-lhe cheio de confiança, oferecendo-Se, em obediência total, pela salvação dos homens.

 

Leitura do Livro de Isaías

O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra de alento aos que andam abatidos.

Todas as manhãs Ele desperta os meus ouvidos, para eu escutar, como escutam os discípulos. O Senhor Deus abriu-me os ouvidos, e eu não resisti nem recuei um passo.

Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam.

Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio, e, por isso, não fiquei envergonhado; tornei o meu rosto duro como pedra, e sei que não ficarei desiludido.

Palavra do Senhor

 

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 21 (22), 8-9.17-18a.19-20.23-24 (R. 2a)

 

Refrão: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes? (Repete-se)

 

 

Todos os que me vêem escarnecem de mim,

estendem os lábios e meneiam a cabeça:

«Confiou no Senhor, Ele que o livre,

Ele que o salve, se é seu amigo». (Refrão)

 

Matilhas de cães me rodearam,

cercou-me um bando de malfeitores.

Trespassaram as minhas mãos e os meus pés,

posso contar todos os meus ossos. (Refrão)

 

Repartiram entre si as minhas vestes

e deitaram sortes sobre a minha túnica.

Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim,

sois a minha força, apressai-Vos a socorrer-me. (Refrão)

 

Hei de falar do vosso nome aos meus irmãos,

hei de louvar-Vos no meio da assembleia.

Vós que temeis o Senhor, louvai-O,

glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob,

reverenciai-O, vós todos os filhos de Israel. (Refrão)

 

LEITURA II – Flp 2, 6-11

 

«Humilhou-Se a Si próprio; por isso Deus O exaltou»

 

Esta leitura é também um cântico, mas agora do Novo Testamento, muito provavelmente em uso nas primitivas comunidades cristãs. Nele é celebrado o Mistério Pascal: Cristo fez-Se um de nós, obedeceu aos desígnios do Pai e humilhou-Se até à morte, e foi, por isso, exaltado até à glória do “Senhor”, que é a própria glória de Deus.

 

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses

Cristo Jesus, que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio.

Assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais,

obedecendo até à morte e morte de cruz. Por isso Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu, na terra e nos abismos, e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.

Palavra do Senhor

 

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO – Flp 2, 8-9

 

Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória. (Repete-se)

 

Cristo obedeceu até à morte

e morte de cruz.

Por isso Deus O exaltou

e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes. (Refrão)

 

EVANGELHO – Lc 23, 1-49

 

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo

N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,

levantaram-se os anciãos do povo,

os príncipes dos sacerdotes e os escribas,

levaram Jesus a Pilatos

e começaram a acusá-l’O, dizendo:

R «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo,

a impedir que se pagasse o tributo a César

e dizendo ser o Messias-Rei».

N Pilatos perguntou a Jesus:

R «Tu és o Rei dos Judeus?».

N Jesus respondeu:

J «Tu o dizes».

N Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão:

R «Não encontro nada de culpável neste homem».

N Mas eles insistiam:

R «Amotina o povo, ensinando por toda a Judeia,

desde a Galileia, onde começou, até aqui».

N Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu;

e, ao saber que era da jurisdição de Herodes,

enviou-O a Herodes,

que também estava nesses dias em Jerusalém.

Ao ver Jesus, Herodes ficou muito satisfeito.

Havia bastante tempo que O queria ver,

pelo que ouvia dizer d’Ele,

e esperava que fizesse algum milagre na sua presença.

Fez-Lhe muitas perguntas; mas Ele nada respondeu.

Os príncipes dos sacerdotes e os escribas que lá estavam

acusavam-n’O com insistência.

Herodes, com os seus oficiais, tratou-O com desprezo

e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico

e remeteu-O a Pilatos.

Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram amigos nesse dia.

Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes,

os chefes e o povo, e disse-lhes:

R «Trouxestes este homem à minha presença

como agitador do povo.

Interroguei-O diante de vós

e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O acusais.

Herodes também não, uma vez que no-l’O mandou de novo.

Como vedes, não praticou nada que mereça a morte.

Vou, portanto, soltá-l’O, depois de O mandar castigar».

N Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso

por ocasião da festa.

E todos se puseram a gritar:

R «Mata Esse e solta-nos Barrabás».

N Barrabás tinha sido metido na cadeia

por causa de uma insurreição desencadeada na cidade

e por assassínio.

De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar Jesus.

Mas eles gritavam:

R «Crucifica-O! Crucifica-O!».

N Pilatos falou-lhes pela terceira vez:

R «Mas que mal fez este homem?

Não encontrei n’Ele nenhum motivo de morte.

Por isso vou soltá-l’O, depois de O mandar castigar».

N Mas eles continuavam a gritar,

pedindo que fosse crucificado,

e os seus clamores aumentavam de violência.

Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam:

soltou aquele que tinha sido metido na cadeia

por insurreição e assassínio,

como eles reclamavam,

e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.

Quando O conduziam,

lançaram mão de um certo Simão de Cirene,

que vinha do campo,

e puseram-lhe a cruz às costas,

para a levar atrás de Jesus.

Seguia-O grande multidão de povo

e mulheres que batiam no peito

e se lamentavam, chorando por Ele.

Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes:

J «Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim;

chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos.

Pois dias virão em que se dirá:

‘Felizes as estéreis, os ventres que não geraram

e os peitos que não amamentaram’.

Começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós’;

e às colinas: ‘Cobri-nos’.

Porque se tratam assim a madeira verde,

que acontecerá à seca?».

N Levavam ainda dois malfeitores

para serem executados com Jesus.

Quando chegaram ao lugar chamado Calvário,

crucificaram-n’O a Ele e aos malfeitores,

um à direita e outro à esquerda.

Jesus dizia:

J «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem».

N Depois deitaram sortes,

para repartirem entre si as vestes de Jesus.

O povo permanecia ali a observar.

Por sua vez, os chefes zombavam e diziam:

R «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo,

se é o Messias de Deus, o Eleito».

N Também os soldados troçavam d’Ele;

aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam:

R «Se és o Rei dos Judeus, salva-Te a Ti mesmo».

N Por cima d’Ele havia um letreiro:

«Este é o Rei dos Judeus».

Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados

insultava-O, dizendo:

R «Não és Tu o Messias?

Salva-Te a Ti mesmo e a nós também».

N Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o:

R «Não temes a Deus,

tu que sofres o mesmo suplício?

Quanto a nós, fez-se justiça,

pois recebemos o castigo das nossas más ações.

Mas Ele nada praticou de condenável».

N E acrescentou:

R «Jesus, lembra-Te de mim,

quando vieres com a tua realeza».

N Jesus respondeu-lhe:

J «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».

N Era já quase meio-dia,

quando as trevas cobriram toda a terra,

até às três horas da tarde,

porque o sol se tinha eclipsado.

O véu do templo rasgou-se ao meio.

E Jesus exclamou com voz forte:

J «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito».

N Dito isto, expirou.

Vendo o que sucedera,

o centurião deu glória a Deus, dizendo:

R «Realmente este homem era justo».

N E toda a multidão que tinha assistido àquele espetáculo,

ao ver o que se passava, regressava batendo no peito.

Todos os conhecidos de Jesus,

bem como as mulheres que O acompanhavam

desde a Galileia,

mantinham-se à distância, observando estas coisas.

Palavra da salvação.

 

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

 

Pela paixão do vosso Filho unigénito,

apressai, Senhor, a hora da nossa reconciliação:

concedei-nos, por este único e admirável sacrifício,

a misericórdia que nossos pecados não merecem.

Por Cristo nosso Senhor.

 

ANTÍFONA DA COMUNHÃO – Mt 26, 42

 

Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu o beba,

faça-se a tua vontade.

 

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Saciados com estes dons sagrados,

nós Vos pedimos, Senhor:

assim como, pela morte do vosso Filho,

nos fizestes esperar o que a nossa fé nos promete,

fazei-nos também chegar, pela sua ressurreição,

às alegrias do reino que esperamos.

 

 


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