DOMINGO XXVIII TEMPO COMUM – ano A – 11OUT2020
MISSA |
ANTÍFONA DE
ENTRADA – Salmo 129, 3-4
Se tiverdes em
conta as nossas faltas,
Senhor, quem
poderá salvar-se?
Mas em Vós está o
perdão, Senhor Deus de Israel.
ORAÇÃO COLECTA
Nós Vos pedimos, Senhor, que a vossa
graça preceda e acompanhe sempre as nossas acções e nos torne cada vez mais
atentos à prática das boas obras.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Liturgia da Palavra |
LEITURA I – Is 25,
6-10a
«O Senhor
preparará um banquete e enxugará as lágrimas de todas as faces»
O banquete é, com frequência,
na Sagrada Escritura, figura da reunião dos homens no reino de Deus. Assim como
também hoje se lê em Isaías, aí o banquete é o lugar de encontro de todos os
povos, todos eles chamados à comunhão na montanha onde o Senhor habita, o Monte
Sião, figura da Igreja de Cristo.
Leitura
do Livro de Isaías
Sobre
este monte, o Senhor do Universo há-de preparar para todos os povos um banquete
de manjares suculentos, um banquete de vinhos deliciosos: comida de boa
gordura, vinhos puríssimos. Sobre este monte, há-de tirar o véu que cobria
todos os povos, o pano que envolvia todas as nações; destruirá a morte para
sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e fará desaparecer
da terra inteira o opróbrio que pesa sobre o seu povo. Porque o Senhor falou.
Dir-se-á naquele dia: «Eis o nosso Deus, de quem esperávamos a salvação; é o
Senhor, em quem pusemos a nossa confiança. Alegremo-nos e rejubilemos, porque
nos salvou. A mão do Senhor pousará sobre este monte».
Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL
– Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 6cd)
Refrão: Habitarei para
sempre na casa do Senhor. (Repete-se)
O Senhor é meu
pastor: nada me falta.
Leva-me a
descansar em verdes prados,
conduz-me às águas
refrescantes
e reconforta a
minha alma. (Refrão)
Ele me guia por
sendas direitas
por amor do seu
nome.
Ainda que tenha de
andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum
mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o
vosso báculo
me enchem de
confiança. (Refrão)
Para mim preparais
a mesa
à vista dos meus
adversários;
com óleo me
perfumais a cabeça
e o meu cálice
transborda. (Refrão)
A bondade e a
graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da
minha vida,
e habitarei na
casa do Senhor
para todo o
sempre. (Refrão)
LEITURA II – Filip 4, 12-14.19-20
«Tudo posso
n’Aquele que me conforta»
A experiência da prisão serviu
a São Paulo para ele sentir mais profundamente que Cristo era tudo na vida; e
por isso, ao mesmo tempo que agradece aos destinatários da sua carta o que eles
lhe tinham enviado, afirma que em Cristo encontra toda a sua força e confiança.
Leitura
da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
IIrmãos:
Sei viver na pobreza e sei viver na abundância. Em todo o tempo e em todas as
circunstâncias, tenho aprendido a ter fartura e a passar fome, a viver
desafogadamente e a padecer necessidade. Tudo posso n’Aquele que me conforta.
No entanto, fizestes bem em tomar parte na minha aflição. O meu Deus proverá
com abundância a todas as vossas necessidades, segundo a sua riqueza e
magnificência, em Cristo Jesus. Glória a Deus, nosso Pai, pelos séculos dos
séculos. Ámen.
Palavra do Senhor
ALELUIA – Ef 1,
17-18
Refrão: Aleluia. (Repete-se)
Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus
Cristo
ilumine os olhos do nosso coração,
para sabermos a que esperança fomos
chamados. (Refrão)
EVANGELHO – Mt 22, 1-14
«Convidai para as
bodas todos os que encontrardes»
Uma vez mais,
a parábola do banquete serve para simbolizar o reino de Deus. Jesus anuncia aos
seus ouvintes que o Evangelho, por eles rejeitado, vai ser anunciado a outros,
e, destes, muitos o hão-de aceitar. Não é já a raça de Abraão segundo a carne
que há-de encher a sala do banquete, mas todos aqueles que, pela fé, se hão-de
tornar filhos de Abraão. A todos os povos se abrem as portas do reino dos Céus.
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele
tempo, Jesus dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do
povo e, falando em parábolas, disse-lhes: «O reino dos Céus pode comparar-se a
um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos
chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir. Mandou ainda
outros servos, ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados: Preparei o meu banquete,
os bois e os cevados foram abatidos, tudo está pronto. Vinde às bodas’. Mas
eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio;
os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos. O rei ficou
muito indignado e enviou os seus exércitos, que acabaram com aqueles assassinos
e incendiaram a cidade. Disse então aos servos: ‘O banquete está pronto, mas os
convidados não eram dignos. Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para
as bodas todos os que encontrardes’. Então os servos, saindo pelos caminhos,
reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala do banquete encheu-se
de convidados. O rei, quando entrou para ver os convidados, viu um homem que
não estava vestido com o traje nupcial e disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui
sem o traje nupcial?’. Mas ele ficou calado. O rei disse então aos servos:
‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores; aí haverá choro
e ranger de dentes’. Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os
escolhidos».
Palavra da
salvação.
MEDITAÇÃO
A VESTE NUPCIAL
É em Jesus que Deus convoca os homens para
uma nova aliança, simbolizada pela festa de casamento. Os que rejeitam o
convite são aqueles que se apegam ao sistema religioso que defende os seus
interesses e, por isso, não aceitam o chamamento de Jesus. Estes são julgados e
destruídos juntamente com o sistema que defendem. O convite é dirigido então
aos que não estão comprometidos com tal sistema, mas, ao contrário, são até
marginalizados por ele. Começa na história o novo povo de Deus, formado de
pobres e oprimidos. Os versículos 11-14, porém, mostram que até mesmo estes
últimos serão excluídos. Se não realizarem a prática da nova justiça (traje de
festa). A pertença efectiva à comunidade cristã não é simples questão de ser
incluído no número dos membros de determinada comunidade. Requer-se do
discípulo assumir um modo de proceder compatível com a sua condição. É a
justiça do Reino, que distingue os discípulos de Jesus dos discípulos de outros
mestres. A parábola do rei que expulsou da festa o convidado encontrado sem a veste
nupcial chama a atenção para a importância de se ter um comportamento
compatível com a condição de discípulo. O banquete para as bodas do filho
estava pronto, mas os convidados recusaram-se a comparecer. Então, o rei enviou
os seus servos para chamar quantos encontrassem pelo caminho e trazê-los para a
festa. E a sala encheu-se de convidados. Um deles, porém, foi expulso por não
trajar a veste nupcial. Era um intruso e mereceu ser posto para fora. Algo
parecido aconteceu com o Reino. Os convidados especiais eram os judeus. Eles,
porém, recusaram-se terminantemente a alegrar-se com a presença do Reino, na
pessoa de Jesus. As portas do Reino foram, então, abertas para todos, sem
distinção. A única condição que se lhes impunha era a de pautarem as suas vidas
pelo projecto do Pai, proclamado por Jesus. Caso contrário, seriam merecedores
de castigo, como os que rejeitaram formalmente o Reino. Temos aqui uma
narrativa parabólica na qual se pode perceber o estilo e a criação literária de
Mateus. A presença da violência e da crueldade está também em algumas outras
parábolas de Mateus, o que não acontece na narrativa de Lucas, paralela a esta.
A cidade incendiada pelas tropas do rei parece se referir a Jerusalém
incendiada pelos romanos no ano setenta, que Mateus interpreta como castigo
pela morte de Jesus. A parábola é dirigida aos chefes dos judeus, que se
julgavam o povo eleito, e que, rejeitando Jesus, perderam o seu espaço para os
gentios que creram e aderiram a Jesus.
ORAÇÃO SOBRE AS
OBLATAS
Aceitai, Senhor, as orações e as ofertas dos vossos fiéis e fazei que
esta celebração sagrada nos encaminhe para a glória do Céu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA
COMUNHÃO – Salmo 33, 11
Os ricos
empobrecem e passam fome;
mas nada falta aos
que procuram o Senhor.
Ou – Jo 3, 2
Quando o Senhor Se manifestar,
seremos semelhantes a Ele,
porque O veremos na sua glória.
ORAÇÃO DEPOIS DA
COMUNHÃO
Deus de infinita bondade, que nos alimentais com o Corpo e o
Sangue do vosso Filho, tornai-nos também participantes da sua natureza divina.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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