sábado, 10 de outubro de 2020

CONVIDAI PARA AS BODAS TODOS OS QUE ENCONTRARDES

 



DOMINGO XXVIII TEMPO COMUM – ano A – 11OUT2020

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA – Salmo 129, 3-4

Se tiverdes em conta as nossas faltas,

Senhor, quem poderá salvar-se?

Mas em Vós está o perdão, Senhor Deus de Israel.

 

ORAÇÃO COLECTA

Nós Vos pedimos, Senhor, que a vossa graça preceda e acompanhe sempre as nossas acções e nos torne cada vez mais atentos à prática das boas obras.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

Liturgia da Palavra

 

LEITURA I – Is 25, 6-10a

 

«O Senhor preparará um banquete e enxugará as lágrimas de todas as faces»

 

O banquete é, com frequência, na Sagrada Escritura, figura da reunião dos homens no reino de Deus. Assim como também hoje se lê em Isaías, aí o banquete é o lugar de encontro de todos os povos, todos eles chamados à comunhão na montanha onde o Senhor habita, o Monte Sião, figura da Igreja de Cristo.

 

Leitura do Livro de Isaías

Sobre este monte, o Senhor do Universo há-de preparar para todos os povos um banquete de manjares suculentos, um banquete de vinhos deliciosos: comida de boa gordura, vinhos puríssimos. Sobre este monte, há-de tirar o véu que cobria todos os povos, o pano que envolvia todas as nações; destruirá a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e fará desaparecer da terra inteira o opróbrio que pesa sobre o seu povo. Porque o Senhor falou. Dir-se-á naquele dia: «Eis o nosso Deus, de quem esperávamos a salvação; é o Senhor, em quem pusemos a nossa confiança. Alegremo-nos e rejubilemos, porque nos salvou. A mão do Senhor pousará sobre este monte».

Palavra do Senhor

 

 

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 6cd)

 

Refrão: Habitarei para sempre na casa do Senhor. (Repete-se)

 

O Senhor é meu pastor: nada me falta.

Leva-me a descansar em verdes prados,

conduz-me às águas refrescantes

e reconforta a minha alma. (Refrão)

 

Ele me guia por sendas direitas

por amor do seu nome.

Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,

não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:

o vosso cajado e o vosso báculo

me enchem de confiança. (Refrão)

 

Para mim preparais a mesa

à vista dos meus adversários;

com óleo me perfumais a cabeça

e o meu cálice transborda. (Refrão)

 

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me

todos os dias da minha vida,

e habitarei na casa do Senhor

para todo o sempre. (Refrão)

 

 

LEITURA II – Filip 4, 12-14.19-20

 

«Tudo posso n’Aquele que me conforta»

 

A experiência da prisão serviu a São Paulo para ele sentir mais profundamente que Cristo era tudo na vida; e por isso, ao mesmo tempo que agradece aos destinatários da sua carta o que eles lhe tinham enviado, afirma que em Cristo encontra toda a sua força e confiança.

 

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses

IIrmãos: Sei viver na pobreza e sei viver na abundância. Em todo o tempo e em todas as circunstâncias, tenho aprendido a ter fartura e a passar fome, a viver desafogadamente e a padecer necessidade. Tudo posso n’Aquele que me conforta. No entanto, fizestes bem em tomar parte na minha aflição. O meu Deus proverá com abundância a todas as vossas necessidades, segundo a sua riqueza e magnificência, em Cristo Jesus. Glória a Deus, nosso Pai, pelos séculos dos séculos. Ámen.

Palavra do Senhor

 

ALELUIA – Ef 1, 17-18

 

Refrão: Aleluia. (Repete-se)

 

Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo

ilumine os olhos do nosso coração,

para sabermos a que esperança fomos chamados. (Refrão)

 

 

EVANGELHO – Mt 22, 1-14

 

«Convidai para as bodas todos os que encontrardes»

 

Uma vez mais, a parábola do banquete serve para simbolizar o reino de Deus. Jesus anuncia aos seus ouvintes que o Evangelho, por eles rejeitado, vai ser anunciado a outros, e, destes, muitos o hão-de aceitar. Não é já a raça de Abraão segundo a carne que há-de encher a sala do banquete, mas todos aqueles que, pela fé, se hão-de tornar filhos de Abraão. A todos os povos se abrem as portas do reino dos Céus.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em parábolas, disse-lhes: «O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir. Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados: Preparei o meu banquete, os bois e os cevados foram abatidos, tudo está pronto. Vinde às bodas’. Mas eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio; os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos. O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos, que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade. Disse então aos servos: ‘O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos. Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos os que encontrardes’. Então os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala do banquete encheu-se de convidados. O rei, quando entrou para ver os convidados, viu um homem que não estava vestido com o traje nupcial e disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’. Mas ele ficou calado. O rei disse então aos servos: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores; aí haverá choro e ranger de dentes’. Na ver­dade, muitos são os chamados, mas poucos os esco­lhidos».

Palavra da salvação.

 

MEDITAÇÃO

 

A VESTE NUPCIAL

 

É em Jesus que Deus convoca os homens para uma nova aliança, simbolizada pela festa de casamento. Os que rejeitam o convite são aqueles que se apegam ao sistema religioso que defende os seus interesses e, por isso, não aceitam o chamamento de Jesus. Estes são julgados e destruídos juntamente com o sistema que defendem. O convite é dirigido então aos que não estão comprometidos com tal sistema, mas, ao contrário, são até marginalizados por ele. Começa na história o novo povo de Deus, formado de pobres e oprimidos. Os versículos 11-14, porém, mostram que até mesmo estes últimos serão excluídos. Se não realizarem a prática da nova justiça (traje de festa). A pertença efectiva à comunidade cristã não é simples questão de ser incluído no número dos membros de determinada comunidade. Requer-se do discípulo assumir um modo de proceder compatível com a sua condição. É a justiça do Reino, que distingue os discípulos de Jesus dos discípulos de outros mestres. A parábola do rei que expulsou da festa o convidado encontrado sem a veste nupcial chama a atenção para a importância de se ter um comportamento compatível com a condição de discípulo. O banquete para as bodas do filho estava pronto, mas os convidados recusaram-se a comparecer. Então, o rei enviou os seus servos para chamar quantos encontrassem pelo caminho e trazê-los para a festa. E a sala encheu-se de convidados. Um deles, porém, foi expulso por não trajar a veste nupcial. Era um intruso e mereceu ser posto para fora. Algo parecido aconteceu com o Reino. Os convidados especiais eram os judeus. Eles, porém, recusaram-se terminantemente a alegrar-se com a presença do Reino, na pessoa de Jesus. As portas do Reino foram, então, abertas para todos, sem distinção. A única condição que se lhes impunha era a de pautarem as suas vidas pelo projecto do Pai, proclamado por Jesus. Caso contrário, seriam merecedores de castigo, como os que rejeitaram formalmente o Reino. Temos aqui uma narrativa parabólica na qual se pode perceber o estilo e a criação literária de Mateus. A presença da violência e da crueldade está também em algumas outras parábolas de Mateus, o que não acontece na narrativa de Lucas, paralela a esta. A cidade incendiada pelas tropas do rei parece se referir a Jerusalém incendiada pelos romanos no ano setenta, que Mateus interpreta como castigo pela morte de Jesus. A parábola é dirigida aos chefes dos judeus, que se julgavam o povo eleito, e que, rejeitando Jesus, perderam o seu espaço para os gentios que creram e aderiram a Jesus.

 

 

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

 

Aceitai, Senhor, as orações e as ofertas dos vossos fiéis e fazei que esta celebração sagrada nos encaminhe para a glória do Céu.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

ANTÍFONA DA COMUNHÃO – Salmo 33, 11

 

Os ricos empobrecem e passam fome;

mas nada falta aos que procuram o Senhor.

 

Ou – Jo 3, 2

Quando o Senhor Se manifestar,

seremos semelhantes a Ele,

porque O veremos na sua glória.

 

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

 

Deus de infinita bondade, que nos alimentais com o Corpo e o Sangue do vosso Filho, tornai-nos também participantes da sua natureza divina.

Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 


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