DOMINGO XIX DO TEMPO COMUM – ano B – 08AGO2021
MISSA |
ANTÍFONA
DE ENTRADA – Salmo 73, 20.19.22.23
Lembrai-Vos,
Senhor, da vossa aliança,
não
esqueçais para sempre a vida dos vossos fiéis.
Levantai-Vos,
Senhor, defendei a vossa causa,
escutai
a voz daqueles que Vos procuram.
ORAÇÃO
COLECTA
Deus eterno e omnipotente, a quem podemos chamar nosso Pai, fazei
crescer o espírito filial em nossos corações para merecermos entrar um dia na
posse da herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
Liturgia
da Palavra |
LEITURA
I – 1 Reis 19, 4-8
«Fortalecido
com aquele alimento, caminhou até ao monte de Deus»
Uma
sensação de abandono gera no espírito de Elias um estado de abatimento e mesmo
de desespero. Morrer, no deserto onde o povo andou errante, onde Moisés
suportou a revolta do mesmo povo e onde Agar ficou sepultada, será
simultaneamente libertação e glória. Mas Deus, que dá a vida e fortalece a
esperança, tem a seu respeito um plano diferente. Envia-lhe um anjo com o
sustento corporal e espiritual. – Ali mesmo alimentara também o povo com o maná
–. E, deste modo, Elias pôde levar a bom termo a missão que o Senhor lhe
confiara.
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias, Elias entrou no deserto e andou o dia inteiro.
Depois sentou-se debaixo de um junípero e, desejando a morte, exclamou: «Já
basta, Senhor. Tirai-me a vida, porque não sou melhor que meus pais». Deitou-se
por terra e adormeceu à sombra do junípero. Nisto, um Anjo tocou-lhe e disse:
«Levanta-te e come». Ele olhou e viu à sua cabeceira um pão cozido sobre pedras
quentes e uma bilha de água. Comeu e bebeu e tornou a deitar-se. O Anjo do
Senhor veio segunda vez, tocou-lhe e disse: «Levanta-te e come, porque ainda
tens um longo caminho a percorrer». Elias levantou-se, comeu e bebeu. Depois,
fortalecido com aquele alimento, caminhou durante quarenta dias e quarenta
noites até ao monte de Deus, Horeb.
Palavra do
Senhor
SALMO
RESPONSORIAL – Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 9a)
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é
bom. (Repete-se)
A
toda a hora bendirei o Senhor,
o
seu louvor estará sempre na minha boca.
A
minha alma gloria-se no Senhor:
escutem
e alegrem-se os humildes. (Refrão)
Enaltecei
comigo o Senhor
e
exaltemos juntos o seu nome.
Procurei
o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me
de toda a ansiedade. (Refrão)
Voltai-vos
para Ele e ficareis radiantes,
o
vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este
pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o
de todas as angústias. (Refrão)
O
Anjo do Senhor protege os que O temem
e
defende-os dos perigos.
Saboreai
e vede como o Senhor é bom:
feliz
o homem que n’Ele se refugia. (Refrão)
LEITURA
II – Ef 4, 30 – 5, 2
«Caminhai na
caridade, a exemplo de Cristo»
Crer
em Deus não é somente um acto da inteligência. É também um acto da vontade
humana enquanto a fé determina o comportamento cristão que nos move à
libertação de todo o egoísmo, num reino de amor, de que Deus é modelo – na
Trindade de Pessoas intimamente unidas.
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Não contristeis o Espírito Santo de Deus, que vos
assinalou para o dia da redenção. Seja eliminado do meio de vós tudo o que é
azedume, irritação, cólera, insulto, maledicência e toda a espécie de maldade.
Sede bondosos e compassivos uns para com os outros e perdoai-vos mutuamente,
como Deus também vos perdoou em Cristo. Sede imitadores de Deus, como filhos
muito amados. Caminhai na caridade, a exemplo de Cristo, que nos amou e Se
entregou por nós, oferecendo-Se como vítima agradável a Deus.
Palavra do Senhor
ALELUIA – Jo 6, 51
Refrão: Aleluia (Repete-se)
Eu sou o pão vivo que desceu do
Céu, diz o Senhor;
Quem comer deste pão viverá
eternamente. (Refrão)
EVANGELHO
– Jo 6, 41-51
«Eu
sou o pão vivo que desceu do Céu»
Jesus convida os seus ouvintes a acreditarem na Sua Palavra a
acreditarem n’Ele que é vida. É natural o espanto gerado entre a multidão. Se
somente Deus tem palavras de vida eterna, como pode o Filho de Maria e José
dizer que Ele próprio é o pão da vida? As palavras de Jesus são um apelo à fé e
são também o anúncio da Eucaristia – sacramento em que Ele nos dá como Pão da
vida o Seu próprio Corpo.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, os judeus murmuravam de Jesus, por Ele ter dito:
«Eu sou o pão que desceu do Céu». E diziam: «Não é Ele Jesus, o filho de José?
Não conhecemos o seu pai e a sua mãe? Como é que Ele diz agora: ‘Eu desci do
Céu’?». Jesus respondeu-lhes: «Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a Mim,
se o Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia.
Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo
aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim. Não porque alguém tenha
visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em
verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. No
deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram. Mas este pão é o que desce
do Céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do
Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a
minha carne, que Eu darei pela vida do mundo».
Palavra da salvação.
MEDITAÇÃO
O
ENSINAMENTO DO PAI – “EU SOU O PÃO DA VIDA”
Jesus apresenta-se como
aquele que veio de Deus para dar a vida definitiva aos homens. Seus adversários
não admitem que um homem possa ter origem divina e, portanto, possa dar a vida
definitiva. É o Pai quem tem a iniciativa na dinâmica da fé dos cristãos. No
seu amor, elege o ser humano para ser objecto da sua revelação e convida-o a
aderir ao Filho Jesus. Só vai a Jesus quem é escolhido e impelido pelo Pai. Só
se entrega a Jesus quem se deixa guiar pelo Pai. E tudo quanto o Pai realiza
está em função de guiar a humanidade para o Filho. O acto de fé no Senhor Jesus
é, portanto, indício de obediência ao ensinamento do Pai e de submissão à sua
vontade. A incredulidade configura-se como rebeldia contra o Pai. Não se trata
de mera oposição a Jesus, numa atitude sem maiores consequências. Nem,
tampouco, pode ser considerada como uma fatalidade na vida das pessoas, numa
espécie de anulação de sua liberdade. No acto de fé, está implicada a liberdade
humana. Instruído pelo Pai, cabe ao ser humano acolher ou não a instrução
recebida. Se a acolhe, sem dúvida será capaz de reconhecer em Jesus o enviado
do Pai. Se a rejeita, não somente se tornará um adversário do Filho, mas também
do Pai. Não é possível acolher a moção do Pai, e fechar-se para o Filho. Ou
seja, não dá para ficar no meio do caminho. Quem recebeu o ensinamento do Pai,
necessariamente irá a Jesus. Jesus testemunha a sua origem divina e o seu
conhecimento do Pai. O Pai revela o seu amor em Jesus e por ele somos atraídos.
O pão descido do céu é Jesus concebido no ventre de Maria e que viveu, cerca de
trinta anos, uma vida comum na sua cidade de origem e, depois, cerca de três
anos, em contacto com as multidões revelando-lhes o Pai que o enviou. Jesus é o
Verbo que se fez carne, com a sua presença corpórea concreta no mundo e na
história. Doando-se a fim de comunicar a vida, consagrou-se à libertação de
todos das opressões e da morte, levando a esperança de um mundo novo, pela
prática do amor. Ser atraído por Jesus e crer nele é segui-lo na adesão
concreta ao projecto de Deus. O pão representa o alimento da vida. Alimentar-se
de Jesus é contemplá-lo e seguir os seus passos. No serviço, na fraternidade
comunitária, na solidariedade social, na busca da justiça e da paz, entra-se em
comunhão com Jesus, pão da vida eterna.
ORAÇÃO
SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons que Vós mesmo concedestes à
vossa Igreja e transformai-os, com o vosso poder, em sacramento da nossa
salvação.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco
na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA
DA COMUNHÃO – Salmo 147,12.14
Louva,
Jerusalém, o Senhor,
que
te saciou com a flor da farinha.
Ou – Jo 6, 52
O
pão que Eu vos darei, diz o Senhor,
é
a minha carne pela vida do mundo.
ORAÇÃO
DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós
Vos pedimos, Senhor, que a comunhão do vosso sacramento nos salve e nos
confirme na luz da vossa verdade.
Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
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