ANTÍFONA
DE ENTRADA – Sl 65, 1-2
Aclamai
a Deus, terra inteira, cantai a glória do seu nome,
celebrai
os seus louvores. Aleluia.
ORAÇÃO
COLECTA
Senhor nosso Deus,
exulte sempre o vosso povo com a renovada juventude da alma,
de modo que, alegrando-se agora
por se ver restituído à glória da adopção divina,
aguarde o dia da ressurreição na esperança da felicidade eterna.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
Liturgia
da Palavra |
LEITURA
I – Actos 2, 14.22-33
«Não
era possível que Ele ficasse sob o domínio da morte»
Esta
leitura é uma passagem da primeira pregação de S. Pedro. Na longa citação do
salmo 15 o Apóstolo entrevê o anúncio da Ressurreição do Senhor. De facto, é à
luz da Ressurreição que toda a palavra da Sagrada Escritura encontra a sua
completa significação, particularmente a do Antigo Testamento. A palavra dos
Salmos foi directamente referida pelo Senhor, no próprio dia da Ressurreição,
ao aparecer aos discípulos no Cenáculo, como estando escrita a seu respeito (Lc
24, 44).
Leitura dos Actos dos Apóstolos
No dia de Pentecostes, Pedro, de pé, com os onze Apóstolos, ergueu
a voz e falou ao povo: «Homens da Judeia e vós todos que habitais em Jerusalém,
compreendei o que está a acontecer e ouvi as minhas palavras: Jesus de Nazaré
foi um homem acreditado por Deus junto de vós com milagres, prodígios e sinais,
que Deus realizou no meio de vós, por seu intermédio, como sabeis. Depois de entregue,
segundo o desígnio imutável e a previsão de Deus, vós destes-Lhe a morte,
cravando-O na cruz pela mão de gente perversa. Mas Deus ressuscitou-O,
livrando-O dos laços da morte, porque não era possível que Ele ficasse sob o
seu domínio. Diz David a seu respeito: ‘O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei. Por isso o meu coração se alegra e a minha
alma exulta e até o meu corpo descansa tranquilo. Vós não abandonareis a minha
alma na mansão dos mortos, nem deixareis o vosso Santo sofrer a corrupção.
Destes-me a conhecer os caminhos da vida, a alegria plena em vossa presença’.
Irmãos, seja-me permitido falar-vos com toda a liberdade: o patriarca David
morreu e foi sepultado e o seu túmulo encontra-se ainda hoje entre nós. Mas,
como era profeta e sabia que Deus lhe prometera sob juramento que um
descendente do seu sangue havia de sentar-se no seu trono, viu e proclamou
antecipadamente a ressurreição de Cristo, dizendo que Ele não O abandonou na
mansão dos mortos, nem a sua carne conheceu a corrupção. Foi este Jesus que
Deus ressuscitou e disso todos nós somos testemunhas. Tendo sido exaltado pelo
poder de Deus, recebeu do Pai a promessa do Espírito Santo, que Ele derramou,
como vedes e ouvis».
Palavra do
Senhor
SALMO
RESPONSORIAL – Salmo 15 (16), 1-2a.5.7-8.9-10.11
Refrão: Mostrai-me, Senhor, o caminho da
vida. Repete-se
Defendei-me,
Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo
ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Senhor,
porção da minha herança e do meu cálice,
está
nas vossas mãos o meu destino. (Refrão)
Bendigo
o Senhor por me ter aconselhado,
até
de noite me inspira interiormente.
O
Senhor está sempre na minha presença,
com
Ele a meu lado não vacilarei. (Refrão)
Por
isso o meu coração se alegra
e
a minha alma exulta
e
até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós
não abandonareis a minha alma
na
mansão dos mortos,
nem
deixareis o vosso fiel conhecer a corrupção. (Refrão)
Dar-me-eis
a conhecer os caminhos da vida,
alegria
plena em vossa presença,
delícias
eternas à vossa direita. (Refrão)
LEITURA
II – 1 Pedro 1, 17-21
«Fostes
resgatados pelo sangue precioso de Cristo, Cordeiro sem mancha»
O
que S. Pedro pregou logo no dia de Pentecostes foi o mesmo que ele escreveu
depois às Igrejas. Nós somos hoje essas Igrejas de Cristo, espalhadas por todo
o mundo, mas todas radicadas na mesma fé em Cristo Jesus, o nosso Cordeiro
pascal. A nós, pois, se dirige hoje a pregação do Apóstolo.
Leitura da Primeira Epístola de São Pedro
Caríssimos: Se invocais como Pai Aquele que, sem acepção de
pessoas, julga cada um segundo as suas obras, vivei com temor, durante o tempo de
exílio neste mundo. Lembrai-vos que não foi por coisas corruptíveis, como prata
e oiro, que fostes resgatados da vã maneira de viver, herdada dos vossos pais,
mas pelo sangue precioso de Cristo, Cordeiro sem defeito e sem mancha,
predestinado antes da criação do mundo e manifestado nos últimos tempos por
vossa causa. Por Ele acreditais em Deus, que O ressuscitou dos mortos e Lhe deu
a glória, para que a vossa fé e a vossa esperança estejam em Deus.
Palavra do Senhor
ALELUIA – Lc 24, 32
Refrão: Aleluia. (Repete-se)
Senhor Jesus, abri-nos as
Escrituras,
falai-nos e inflamai o nosso
coração. (Refrão)
EVANGELHO – Lc 24, 13-35
«Conheceram-n’O
ao partir o pão»
Tal como na aparição aos discípulos de Emaús, em cada
celebração eucarística Jesus está connosco, explica-nos as Escrituras e faz-nos
ver o que nelas se refere a Ele, preside à fracção do pão, que é a Eucaristia,
e nela Se nos dá a conhecer e nos enche de alegria pascal. Na verdade, a viagem
de Jesus com os dois discípulos, estrada abaixo a caminho de Emaús, é como uma
verdadeira Missa ambulante, modelo de todas as celebrações eucarísticas.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada
Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o
que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e
pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O
reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós
pelo caminho?». Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas,
respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou
estes dias». E Ele perguntou: «Que foi?». Responderam-Lhe: «O que se refere a
Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo
o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para
ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia
de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de
madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes
tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos
foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele
não O viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de
espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o
Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?». Depois, começando por
Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que
Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez
menção de ir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai
connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e
ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o
e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas
Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá
dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as
Escrituras?». Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram
reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor
ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no
caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO
SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons da vossa
Igreja em festa;
Vós, que lhe destes tão grande
alegria,
fazei-a tomar parte na felicidade
eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
ANTÍFONA
DA COMUNHÃO – Jo 21, 12-13
Disse
Jesus: Vinde comer. E tomando o pão, deu-o aos seus discípulos. Aleluia.
ORAÇÃO
DEPOIS DA COMUNHÃO
Olhai com bondade, Senhor, para o vosso povo
e fazei chegar à gloriosa ressurreição da carne
aqueles que renovastes com os sacramentos de vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
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