sábado, 24 de dezembro de 2016

«NASCEU-VOS HOJE UM SALVADOR»




DOMINGO de NATAL

PORQUE SE CELEBRA O NATAL

Porque se celebra o Natal a 25 de Dezembro
DIA: 25. MÊS: no sexto mês a contar da concepção de seu primo João, isto é, Dezembro. ANO: provavelmente entre os anos 7-6 a.C. que corresponde ao ano 753 da Fundação de Roma.
Por que se celebra o Natal a 25 de Dezembro? Os historiadores demonstraram que a festa tem a sua origem numa brilhante operação pastoral realizada pela Igreja de Roma na primeira metade do quarto século. Nessa época, os povos da Europa Ocidental, sob a influência cultural latina, comemoravam o “solstício de Inverno”. É quando o sol, tendo chegado aos trópicos, parece estacionário durante alguns dias. Isto acontece aos 25 de Dezembro. Os dias, a partir daqui, alongam-se, eliminando o temor da invasão das trevas. O “Sol invicto” era tido como símbolo de vida.
A igreja fez uma transferência de significado, indicando, na pessoa de Jesus, o verdadeiro Sol de justiça, autêntica luz da verdade e transformando o dia do nascimento do Sol em dia do Nascimento de Jesus Cristo.

RECUPERAÇÃO DO PAGANISMO (?)
Os ídolos foram derrubados, mas não destruídos. Hoje, parece que renascem das cinzas. Herodes ameaça de extinção o menino Jesus. Luzes em profusão caracterizam o período natalício nas ruas e nas vitrinas, trocam-se presentes e cartões de boas festas, árvores decoradas, os pais Natal de todos os tamanhos acabam por tomar conta do quadro da celebração do Natal.
Este torna-se mera ocasião de festa, é aparato exterior, fábula, coreografia, anúncio publicitário. Natal passa a ser festa natalícia sem aniversariantes. Embora a comercialização e o consumo materialista esvaziem a festa do seu significado, nem por isso deixam de chamar a atenção para o acontecimento. Torna-se necessário recuperar o valor cristão do Natal.

O DIA DO NASCIMENTO
Os Evangelhos não pretendem apresentar a biografia histórica de Jesus, nem estavam em condições disso. Assim, só se pode ter uma cronologia da vida de Jesus em linhas gerais:
Mt 2 situa o nascimento de Jesus antes da morte de Herodes, em 4 a.C.
Lc 3,1-2 situa o início de sua vida pública no 15º ano do reinado de Tibério, data que pode significar o ano 26 ou o 28.
Jo 2,20 situa a purificação do Templo no 46º ano da sua construção, que foi iniciada no 18º ano de Herodes, ou seja, segundo a cronologia de Josefo, no ano 20 a.C.
Não se pode calcular com segurança a data do nascimento de Jesus, nem a data da sua morte. A sua vida deve ter-se desenvolvido quase completamente entre a morte de Herodes (4 a.C.) e o ano 30 d.C., data que deve estar próxima da data real da morte de Jesus.
Os três Evangelhos sinópticos apresentam um roteiro comum da vida pública de Jesus: o baptismo de João, a tentação, a pregação na Galileia, a viagem a Jerusalém, um breve ministério em Jerusalém, a sua Paixão e Morte.

O PROVÁVEL ANO DO NASCIMENTO DE JESUS
Jesus nasceu provavelmente entre os anos 7-6 a.C., que corresponde ao ano 753 da Fundação de Roma. A era cristã estabelecida por Dioníso, o pequeno, (século VI) resulta de um cálculo erróneo. São Lucas estabelece um sincronismo entre a história profana e história da salvação.
Tibério sucedeu a Augusto (Lc 2,1) aos dezanove de Agosto do ano 14 d.C. O ano 15 vai, pois, de 19 de Agosto, de 28, a 18 de Agosto, de 29, ou segundo o modo de calcular os anos do reinado em uso na Síria, de 28 de Outubro a 27 de Setembro.
Jesus tem, portanto, no mínimo 33 anos, provavelmente até mesmo 35 a 36 anos. A indicação do capítulo 2, 23 é aproximada.
Apenas se sublinha que Jesus tinha a idade requerida para exercer missão pública considerada pelos judeus (30 ou mais anos). A “Era Cristã” fixada por Dionísio, o pequeno, no século VI resulta de se ter tomado estritamente o número de trinta anos: os 29 anos completos de Jesus, descontados do ano 782 de Roma (XV ano de Tibério), indicaram 753 para início de nossa era.


LEITURA I – Is 9, 2-7 (1-6)

Um Filho nos foi dado

O Profeta anuncia o aparecimento de uma criança de raça real, que será o Emanuel, Deus connosco, o Messias, Jesus Cristo, esperança e salvação do seu povo, “Príncipe da paz”.

Leitura do Livro de Isaías
“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam nas sombras da morte uma luz começou a brilhar. Multiplicastes a sua alegria, aumentastes o seu contentamento. Rejubilam na vossa presença, como os que se alegram no tempo da colheita, como exultam os que repartem despojos. Vós quebrastes, como no dia de Madiã, o jugo que pesava sobre o povo, o madeiro que ele tinha sobre os ombros e o bastão do opressor. Todo o calçado ruidoso da guerra e toda a veste manchada de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão pasto das chamas. Porque um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado. Tem o poder sobre os ombros e será chamado «Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz». O seu poder será engrandecido numa paz sem fim, sobre o trono de David e sobre o seu reino, para o estabelecer e consolidar por meio do direito e da justiça, agora e para sempre. Assim o fará o Senhor do Universo.”
Palavra do Senhor

LEITURA II – Tito 2, 11-14

Manifestou-se a graça de Deus para todos os homens

O Filho de Deus nasceu para que, uma vez feito homem, pudesse oferecer a vida em sacrifício ao Pai por nós, Ele, o Sacerdote e a Vítima, que nos vem conduzir ao Pai.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo a Tito
“Caríssimo: Manifestou-se a graça de Deus, fonte de salvação para todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e aos desejos mundanos, para vivermos, no tempo pre¬sente, com temperança, justiça e piedade, aguardando a ditosa esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo, que Se entregou por nós, para nos resgatar de toda a iniquidade e preparar para Si mesmo um povo purificado, zeloso das boas obras.”
Palavra do Senhor

EVANGELHO – Lc 2, 1-14

Nasceu-vos hoje um Salvador

A manifestação do Filho de Deus entre os homens, feito homem em tudo igual a eles, excepto no pecado, é fonte de alegria e de paz. Deus entra nos caminhos dos homens, sem mesmo eles terem disso consciência, e por esses caminhos leva a salvação a todo o mundo. Foi assim que até o imperador romano se tornou instrumento de Deus para que Maria e José venham de Nazaré a Belém e o Menino aí venha a nascer.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
“Naqueles dias, saiu um decreto de César Augusto, para ser recenseada toda a terra. Este primeiro recenseamento efectuou-se quando Quirino era governador da Síria. Todos se foram recensear, cada um à sua cidade. José subiu também da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e da descendência de David, a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que estava para ser mãe. Enquanto ali se encontravam, chegou o dia de ela dar à luz e teve o seu Filho primogénito. Envolveu-O em panos e deitou-O numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia naquela região uns pastores que viviam nos campos e guardavam de noite os rebanhos. O Anjo do Senhor aproximou-se deles e a glória do Senhor cercou-os de luz; e eles tiveram grande medo. Disse-lhes o Anjo: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura». Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados».”
Palavra da Salvação



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