sábado, 17 de junho de 2017

CHAMOU OS DOZE DISCÍPULOS E ENVIOU-OS




11º Domingo do tempo comum – 18 Junho


A compaixão de Jesus

Mateus apresenta um resumo da actividade de Jesus, mostrando a raiz da acção dele: nasce da visão da realidade, que o leva a compadecer-se, isto é, a sentir junto com o povo cansado e abatido. O trabalho é grande, e necessita de pessoas dispostas a continuar a obra de Jesus. A comunidade deve assumir a preocupação de levar a Boa Notícia do Reino ao mundo inteiro, consciente da necessidade de trabalhadores disponíveis para essa missão divina. Os discípulos recebem o mesmo poder de Jesus: não alienar os homens (expulsar demónios) e libertá-los de todos os males (curar doenças). Os doze apóstolos formam o núcleo da nova comunidade, chamada a continuar a palavra e acção de Jesus. A missão é reunir o povo para seguir a Jesus, o novo Pastor. Ela realiza-se mediante o anúncio do Reino e pela acção que concretiza os sinais da presença do Reino. A missão desenvolve-se em clima de gratuidade, pobreza e confiança, e comunica o bem fundamental da paz, isto é, da plena realização de todas as dimensões da vida humana. Os enviados são portadores da libertação; rejeitá-los é rejeitar a salvação e atrair sobre si o julgamento. A vinda de Jesus ao mundo decorre da compaixão de Deus pela humanidade. A sua missão consiste em manifestar esta misericórdia, por meio de gestos concretos. A expulsão dos espíritos imundos e a cura de todas as doenças e enfermidades manifestam esta preocupação. As multidões foram objecto da atenção de Jesus. Elas revelavam cansaço e abatimento, por falta de líderes para conduzi-las, e pela opressão que sofriam. Que fazer? Jesus passou da constatação à providência concreta. A sua iniciativa consistiu em escolher doze discípulos e enviá-los com a sua própria missão: proclamar a chegada do Reino dos Céus e realizar gestos indicadores desta presença. Assim, eles teriam a missão de difundir a misericórdia divina “às ovelhas desgarradas da casa de Israel”. Como acontecia com Jesus, também os apóstolos sentiriam esse mesmo amor compassivo. Tanto na acção de Jesus quanto na dos discípulos, antecipava-se a chegada do Reino esperado. O Reino que haveria de manifestar-se em todo o seu esplendor, na segunda vinda do Messias, já estava a dar sinais da sua presença e revelando seu carácter particular de mediação da bondade de Deus. Aliás, tudo quanto diz respeito ao Messias Jesus traz o selo da compaixão. Eis por que a sua vinda deve ser motivo de alegria. O contacto com as multidões enche Jesus de compaixão. É o tempo da “colheita” escatológica. É necessário orar ao Senhor para que envie mais trabalhadores. Há uma outorga de “poder” aos doze discípulos. O “poder” de Jesus não é uma força que violenta, mas o amor que transforma a vida. A prioridade “às ovelhas perdidas da casa de Israel” é uma interpretação judaizante da missão de Jesus. Curas, ressuscitamentos, purificações e expulsões de demónios significam o “levantar-se” e integrar-se no convívio social. Jesus vem para o resgate das massas excluídas pelo sistema opressor.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA – Salmo 26, 7.9
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica.
Vós sois o meu refúgio:
não me abandoneis, meu Deus, meu Salvador.

ORAÇÃO COLECTA
Deus misericordioso, fortaleza dos que esperam em Vós, atendei propício as nossas súplicas; e, como sem Vós nada pode a fraqueza humana, concedei-nos sempre o auxílio da vossa graça, para que as nossas vontades e acções Vos sejam agradáveis no cumprimento fiel dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I – Ex 19, 2-6a

Sereis para Mim um reino de sacerdotes, uma nação santa

Moisés é enviado, como, mais tarde, Jesus enviará os Apóstolos, a anunciar ao povo a esperança que Deus lhe reserva. Esta esperança é a que já começou a ser uma realidade desde que o Senhor o libertou da terra da escravidão, fazendo dele um povo a Si consagrado, povo sacerdotal, povo real, nação santa, como o Novo Testamento o há-de novamente proclamar, agora à luz de Cristo ressuscitado.

Leitura do Livro do Êxodo
“Naqueles dias, os filhos de Israel partiram de Refidim e chegaram ao deserto do Sinai, onde acamparam, em frente da montanha. Moisés subiu à presença de Deus. O Senhor chamou-o da montanha e disse-lhe: «Assim falarás à casa de Jacob, isto dirás aos filhos de Israel: ‘Vistes o que Eu fiz ao Egipto, como vos transportei sobre asas de águia e vos trouxe até Mim. Agora, se ouvirdes a minha voz, se guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade especial entre todos os povos. Porque toda a terra Me pertence; mas vós sereis para Mim um reino de sacerdotes, uma nação santa’».”
Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 99 (100), 2.3.5 (R. 3c)
Refrão: Nós somos o povo de Deus, as ovelhas do seu rebanho. (Repete-se)

Aclamai o Senhor, terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo. (Refrão)

Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho. (Refrão)

Porque o Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração. (Refrão)

LEITURA II – Rom 5, 6-11

Se fomos reconciliados pela morte do Filho, com muito mais razão seremos salvos pela sua vida

A morte de Jesus é o testemunho maior do amor de Deus por nós, e isto ainda antes de termos sido reconciliados com Ele. Quanto mais agora, depois de termos sido reconciliados com Deus pela oblação da vida de seu Filho, não havemos de ser salvos pela vida d’Ele que ressuscitou para nossa justificação?

Leitura da Segunda Epístola do apóstolo S. Paulo aos Romanos
“Irmãos: Quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios no tempo determinado. Dificilmente alguém morre por um justo; por um homem bom, talvez alguém tivesse a coragem de morrer. Mas Deus prova assim o seu amor para connosco: Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores. E agora, que fomos justificados pelo seu sangue, com muito mais razão seremos por Ele salvos da ira divina. Se, na verdade, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, depois de reconci­liados, seremos salvos pela sua vida. Mais ainda: também nos gloriamos em Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem alcançámos agora a reconciliação.”
Palavra do Senhor

ALELUIA – Mc 1, 15
Refrão: Aleluia. (Repete-se)

Está próximo o reino de Deus.
Arrependei-vos e acreditai no Evangelho. (Refrão)

EVANGELHO – Mt 9, 36 – 10, 8

Chamou os doze discípulos e enviou-os

Jesus não é apenas alguém que veio da parte de Deus revelar aos homens o reino. Ele lançou os fundamentos da futura assembleia dos crentes, e, para isso, escolheu os Doze, a que chamou Apóstolos, e enviou-os, como o Pai O tinha enviado a Ele. Mas eles hão-de ter sempre presente que o seu ministério não é uma iniciativa sua, nem o seu trabalho uma simples ocupação ditada pelo seu gosto natural. A sua escolha é um chamamento divino, e a sua obra é a realização da própria obra de salvação, que, por meio deles, o Senhor Jesus continua a realizar no meio dos homens. É uma graça que vem de Deus e, por eles, há-de chegar até aos outros seus irmãos.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
“Naquele tempo, Jesus, ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara». Depois chamou a Si os seus doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades. São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou. Jesus enviou estes Doze, dando-lhes as seguintes instruções: «Não sigais o caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça».   ”
Palavra da Salvação

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que pelo pão e o vinho apresentados ao vosso altar
dais ao homem o alimento que o sustenta
e o sacramento que o renova,
fazei que nunca falte este auxílio
ao nosso corpo e à nossa alma.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO – Salmo 26, 4
Uma só coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida.

Ou – Jo 17, 11
Pai santo, guarda no teu nome os que Me deste,
para que sejam em nós confirmados na unidade,
diz o Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que a sagrada comunhão nos vossos mistérios, sinal da nossa união convosco, realize a unidade na vossa Igreja.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



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