31.º Domingo do tempo comum – 5
Novembro 2017
…DIZEM E NÃO FAZEM
À ostentação e
orgulho dos mestres de Israel Jesus contrapõe a atitude daquele que é seu
discípulo, a quem aponta o caminho da simplicidade e da humildade. Os
“títulos”, se os há, são nomes de serviços, não motivos de vã glória; e sempre
exigem e supõem a correspondência leal e fiel entre o que se diz e o que se
faz.
O agir moral e o
testemunho cristão
A fidelidade dos
baptizados é condição primordial para o anúncio do Evangelho e para a missão da
Igreja no mundo. Para manifestar diante dos homens a sua força de verdade e
irradiação, a mensagem de salvação deve ser autenticada pelo testemunho de vida
dos cristãos. «O testemunho de vida cristã e as obras realizadas com espírito
sobrenatural são meios poderosos para atrair os homens à fé e a Deus»
O sacerdócio é um serviço; a fragilidade
humana dos chefes
Intrinsecamente
ligado à natureza sacramental do ministério eclesial está o seu carácter de
serviço. Com efeito, inteiramente dependentes de Cristo, que lhes dá missão e
autoridade, os ministros são verdadeiramente «servos de Cristo», à imagem do
mesmo Cristo que por nós livremente tomou «a forma de servo» (Fl 2, 7). E uma
vez que a palavra e a graça, de que são ministros, não são deles, mas de Cristo
que lhas confiou para os outros, eles tornar-se-ão livremente servos de todos.
Esta presença de
Cristo no seu ministro não deve ser entendida como se este estivesse premunido
contra todas as fraquezas humanas, contra o afã de domínio, contra os erros,
isto é, contra o pecado. A força do Espírito Santo não garante do mesmo modo
todos os actos do ministro. Enquanto que nos sacramentos esta garantia é dada,
de maneira que nem mesmo o pecado do ministro pode impedir o fruto da graça, há
muitos outros actos em que a condição humana do ministro deixa vestígios, que
nem sempre são sinal de fidelidade ao Evangelho e podem, por conseguinte,
prejudicar a fecundidade apostólica da Igreja.
Este sacerdócio é
ministerial. «O encargo que o Senhor confiou aos pastores do seu Povo é um
verdadeiro serviço». Refere-se inteiramente a Cristo e aos homens. Depende
inteiramente de Cristo e do seu sacerdócio único, e foi instituído em favor dos
homens e da comunidade da Igreja. O sacramento da Ordem comunica «um poder
sagrado», que não é senão o de Cristo. O exercício desta autoridade deve, pois,
regular-se pelo modelo de Cristo, que por amor Se fez o último e servo de todos.
«O Senhor disse claramente que o cuidado dispensado ao seu rebanho seria uma
prova de amor para com Ele».
MISSA
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ANTÍFONA DE ENTRADA – Salmo 37, 22-23
Não me abandoneis,
Senhor;
meu Deus, não Vos
afasteis de mim.
Senhor, socorrei-me
e salvai-me.
ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e misericordioso, de quem procede a graça
de Vos servirmos fiel e dignamente, fazei-nos caminhar sem obstáculos para os
bens por Vós prometidos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I – Mal 1, 14b – 2, 2b.8-10
«Afastastes-vos do caminho e
fizestes tropeçar muitos»
Foi sempre exigente a Palavra de
Deus para com aqueles que mais de perto se consagram a Ele e se entregam ao seu
serviço. Ela exige sobretudo que eles sejam leais uns para com os outros,
porque somos todos membros da mesma Aliança com Deus. Assim o Senhor o dizia
pela palavra do Profeta, já no Antigo Testamento.
Leitura da Profecia de
Malaquias
Eu sou um grande Rei, diz o
Senhor do Universo, e o meu nome é temível entre as nações. Agora, este aviso é
para vós, sacerdotes: Se não Me ouvirdes, se não vos empenhardes em dar glória
ao meu nome, diz o Senhor do Universo, mandarei sobre vós a maldição. Vós
desviastes-vos do caminho, fizestes tropeçar muitos na lei e destruístes a
aliança de Levi, diz o Senhor do Universo. Por isso, como não seguis os meus
caminhos e fazeis acepção de pessoas perante a lei, também Eu vos tornarei
desprezíveis e abjectos aos olhos de todo o povo. Não temos todos nós um só
Pai? Não foi o mesmo Deus que nos criou? Então porque somos desleais uns para
com os outros, profanando a aliança dos nossos pais?
Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 130 (131), 1.2.3
Refrão: Guardai-me
junto de Vós, na vossa paz, Senhor. (Repete-se)
Ou: Guardai-me na
vossa paz, Senhor. (Repete-se)
Senhor, não se
eleva soberbo o meu coração,
nem se levantam
altivos os meus olhos.
Não ambiciono
riquezas,
nem coisas
superiores a mim. (Refrão)
Antes fico
sossegado e tranquilo,
como criança ao
colo da mãe.
Espera, Israel, no
Senhor,
agora e para
sempre. (Refrão)
LEITURA II – 1 Tes 2, 7b-9.13
«Desejávamos
partilhar convosco não só o Evangelho de Deus, mas ainda a própria vida»
À pregação, generosa e cheia de
afeição, de Paulo na Igreja de Tessalónica correspondeu o acolhimento dos
cristãos. E desta atenção mútua nasce a acção de graças, que o Apóstolo faz
subir até Deus.
Leitura da Primeira Epístola do
apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Irmãos: Fizemo-nos pequenos no
meio de vós. Como a mãe que acalenta os filhos que anda a criar, assim nós
também, pela viva afeição que vos dedicamos, desejaríamos partilhar convosco,
não só o Evangelho de Deus, mas ainda a própria vida, tão caros vos tínheis
tornado para nós. Bem vos lembrais, irmãos, dos nossos trabalhos e canseiras.
Foi a trabalhar noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, que vos
pregámos o Evangelho de Deus. Por isso, também nós damos graças a Deus sem
cessar, porque, depois de terdes ouvido a palavra de Deus por nós pregada, vós
a acolhestes, não como palavra humana, mas como ela é realmente, palavra de
Deus, que permanece activa em vós, os crentes.
Palavra do Senhor
ALELUIA – Mt 23, 9b.10b
Refrão: Aleluia. (Repete-se)
Um só é o vosso
pai, o Pai celeste;
um só é o vosso
mestre, Jesus Cristo. (Refrão)
EVANGELHO – Mt 23, 1-12
«Dizem
e não fazem»
À ostentação e orgulho dos mestres de
Israel Jesus contrapõe a atitude daquele que é seu discípulo, a quem aponta o
caminho da simplicidade e da humildade. Os “títulos”, se os há, são nomes de
serviços, não motivos de vã glória; e sempre exigem e supõem a correspondência
leal e fiel entre o que se diz e o que se faz.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus
Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus falou à
multidão e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de Moisés sentaram-se os
escribas e os fariseus. Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não
imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e
põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover. Tudo o
que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam os filactérios e ampliam as
borlas; gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas
sinagogas, das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’.
Vós, porém, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’, porque um só é o vosso Mestre
e vós sois todos irmãos. Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’, porque um
só é o vosso pai, o Pai celeste. Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’, porque
um só é o vosso doutor, o Messias. Aquele que for o maior entre vós será o
vosso servo. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Palavra da Salvação
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, fazei que este sacrifício seja para Vós uma oblação
pura e para nós o dom generoso da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO – Salmo 15, 11
O Senhor me ensinará o caminho da vida,
a seu lado viverei na plenitude da alegria.
Ou Jo 6, 58
Assim como o Pai que Me enviou
é o Deus vivo e Eu vivo pelo Pai,
também o que Me come viverá por Mim, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Multiplicai em nós, Senhor, os frutos da vossa
graça,
para que os sacramentos celestes
que nos alimentam na vida presente
nos preparem para alcançarmos a herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
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