QUE DEVEMOS FAZER?
João Baptista
prega a conversão
João Batista convida a uma mudança radical de vida, porque
já se aproxima o Reino, que vai transformar radicalmente as relações entre os
homens. É o tempo do julgamento e nada adianta ter fé teórica, pois o
julgamento basear-se-á nas opções e atitudes concretas que cada um assume. Os
fariseus, com a falsa segurança das suas observâncias religiosas e os saduceus,
com as suas intrigas políticas para conservar o poder, pertencem à estrutura
que vai ser superada pelo Reino. Naquela época, a dinâmica de actuação de João
Baptista suscitava especulações sobre a possibilidade de ser ele o próprio
Messias. É que havia aparecido alguns pseudoprofetas e pseudomessias como, por
exemplo, Teudas, que tinha uns quatrocentos seguidores; e um outro chamado de
Judas, o Galileu, que também tinha os seus admiradores actuantes (cf. At
5,36-37). Mas, João é enfático: “vem aquele que é mais forte do que eu”. Ele
apenas compara o seu baptismo com o de Jesus. O cerne da questão não está
centrado no baptismo com água, pois a Igreja primitiva já o fazia, mas que o Baptismo
de São João Baptista é só na água, enquanto que o baptismo de Jesus será
definitivo: um acto do Criador que leva à salvação, através do Espírito Santo.
A alusão ao fogo resulta do processo da separação entre o joio e o trigo, ou
seja, entre os que estão salvos e os que estão condenados.
MISSA
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ANTÍFONA DE
ENTRADA – Filip 4, 4.5
Alegrai-vos sempre no Senhor.
Exultai de alegria: o Senhor está perto.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita bondade, que vedes o vosso povo esperar
fielmente o Natal do Senhor, fazei-nos chegar às solenidades da nossa salvação
e celebrá-las com renovada alegria.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
Liturgia da Palavra
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LEITURA I – Sof 3,
14-18a
«O Senhor exulta
de alegria por tua causa»
O convite à
alegria, dirigido pelo profeta a Jerusalém, está fundamentado nesta certeza
consoladora: Deus, o Rei de Israel e o Salvador, está presente no meio do Seu
Povo, apesar das desordens e pecados passados.
Esta presença
amorosa de Deus traz consigo o perdão, suspendendo o castigo, afastando o medo
e o desalento e dando origem a uma renovação tão maravilhosa que o próprio Deus
Se alegrará perante esta nova criação.
Leitura
da Profecia de Sofonias
Clama
jubilosamente, filha de Sião; solta brados de alegria, Israel. Exulta, rejubila
de todo o coração, filha de Jerusalém. O Senhor revogou a sentença que te
condenava, afastou os teus inimigos. O Senhor, Rei de Israel, está no meio de
ti e já não temerás nenhum mal. Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém: «Não temas,
Sião, não desfaleçam as tuas mãos. O Senhor teu Deus está no meio de ti, como
poderoso salvador. Por causa de ti, Ele enche-Se de júbilo, renova-te com o seu
amor, exulta de alegria por tua causa, como nos dias de festa».
Palavra do Senhor
SALMO RESPONSORIAL
– Is 12, 2-3.4bcd.5-6 (R. 6)
Refrão: Exultai de
alegria, porque é grande no meio de vós o Santo de Israel. (Repete-se).
Ou: Povo do Senhor, exulta e canta de alegria. (Repete-se)
Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação. Refrão
Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome;
anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo. (Refrão)
Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel. (Refrão)
LEITURA II – Filip 4, 4-7
«O Senhor
está próximo»
A Religião
cristã é uma religião de alegria. É certo que alguns cristãos ficam apenas na
Quaresma, esquecidos de que ela é apenas uma etapa na obra redentora, e de que,
para além da Paixão e da Ressurreição, Cristo continua a viver no meio de nós,
pondo-nos em comunhão com Deus e com os irmãos.
A alegria é uma
consequência da nossa fé, um imperativo do Senhor, que S. Paulo reforça. O
cristão deve vivê-la, mesmo nas horas más, deve transmiti-la, dando assim testemunho
da presença de Deus no mundo.
Leitura
da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos:
Alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo: alegrai-vos. Seja de todos
conhecida a vossa bondade. O Senhor está próximo. Não vos inquieteis com coisa
alguma; mas em todas as circunstâncias, apresentai os vossos pedidos diante de
Deus, com orações, súplicas e acções de graças. E a paz de Deus, que está acima
de toda a inteligência, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em
Cristo Jesus.
Palavra do Senhor
ALELUIA – Is 61, 1 (cf. Lc 4, 18)
Refrão: Aleluia. (Repete-se)
O Espírito do Senhor está sobre mim:
enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres. (Refrão)
EVANGELHO – Lc 3,
10-18
«Que devemos
fazer?»
João
Baptista inserindo-se na linha dos profetas do A. T., para os quais a conversão
consistia em voltar a viver o amor de Deus e do próximo, indica aos homens das
mais diversas classes sociais qual a penitência agradável a Deus – o
cumprimento dos seus deveres, em função do amor do próximo.
Mas
a conversão, com o abandono do pecado, é também recepção do Espírito, ou Amor
de Deus, princípio duma vida nova, que se comunica mediante um sinal de
conversão – o Baptismo.
Ninguém
é excluído desta conversão, pois todas as situações humanas se podem viver no
amor.
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas
Naquele
tempo, as multidões perguntavam a João Baptista: «Que devemos fazer?». Ele
respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma; e
quem tiver mantimentos faça o mesmo». Vieram também alguns publicanos para
serem baptizados e disseram: «Mestre, que devemos fazer?». João respondeu-lhes:
«Não exijais nada além do que vos foi prescrito». Perguntavam-lhe também os
soldados: «E nós, que devemos fazer?». Ele respondeu-lhes: «Não pratiqueis
violência com ninguém nem denuncieis injustamente; e contentai-vos com o vosso
soldo». Como o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se
João não seria o Messias, ele tomou a palavra e disse a todos: «Eu baptizo-vos
com água, mas está a chegar quem é mais forte do que eu, e eu não sou digno de
desatar as correias das suas sandálias. Ele baptizar-vos-á com o Espírito Santo
e com o fogo. Tem na mão a pá para limpar a sua eira e recolherá o trigo no seu
celeiro; a palha, porém, queimá-la-á num fogo que não se apaga». Assim, com
estas e muitas outras exortações, João anunciava ao povo a Boa Nova».
Palavra da Salvação
ORAÇÃO SOBRE AS
OBLATAS
Fazei, Senhor, que a oblação deste sacrifício se renove sempre na vossa
Igreja, de modo que a celebração do mistério por Vós instituído realize em nós
plenamente a obra da salvação.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA
COMUNHÃO – Is 35, 4
Dizei aos desanimados: Tende coragem e não temais.
Eis o nosso Deus que vem salvar-nos.
ORAÇÃO DEPOIS DA
COMUNHÃO
Concedei, Senhor, pela vossa bondade, que este divino
sacramento nos livre do pecado e nos prepare para as festas que se aproximam.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
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