Jesus cumpre a promessa feita
aos discípulos no discurso da despedida. Havia-lhes garantido que não ficariam
órfão, que lhes enviaria o Advogado defensor, o Espírito Santo. Enuncia a sua
principal missão: fazer memória do sucedido, guiar para verdade plena, ser garante
da paz e do mútuo entendimento, mostrar o pecado do mundo, acompanhar e animar
os discípulos na realização fiel do "ide por todo o mundo e anunciai o
Evangelho", perdoai os pecados, sede minhas testemunhas. O Papa Francisco,
ao falar desta realidade maravilhosa afirma: "Mas nós, em nossas vidas,
temos em nossos corações o Espírito Santo como um 'prisioneiro de luxo': não
deixamos que ele nos impulsione, não deixamos que nos movimente. Ele faz tudo, sabe
tudo, sabe lembrar-nos o que Jesus disse, sabe explicar as coisas de
Jesus". E continua lembrando uma outra faceta. "Somente uma coisa o
Espírito Santo não sabe fazer: 'cristãos de salão'. Isto ele não sabe fazer!
Ele não sabe fazer 'cristãos virtuais'. Ele faz cristãos reais, Ele assume a
vida real como ela é, com a profecia de ler os sinais dos tempos e assim nos
levar avante. É o maior prisioneiro do nosso coração. Nós dizemos: 'É a
terceira Pessoa da Trindade e acabamos ali..." ."O Pentecostes, escreve
Lidia Maggi, pastora batista italiana. coloca novamente no centro a Palavra
que, sem o Espírito, é morta, e o Espírito que, sem a Palavra, é afónico. A
Escritura oferece a partitura; o Espírito inspira a execução da sinfonia. E a
Igreja é a orquestra chamada a executar o concerto de Deus, para este nosso tempo".
Belo resumo que nos convida a descobrir o nosso lugar na orquestra, a conhecer
a partitura, a desempenhar a nossa função, a libertar a voz do Espírito na
sinfonia das linguagens do nosso tempo, a afinar o ritmo do nosso viver no
concerto universal de Deus. Aceita o convite. Entra na festa.
Fonte: Meu
amigo, Professor Pe. Georgino
Rocha, Capelão da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, em 15 de Maio de 2016 – Pentecostes.
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