quarta-feira, 30 de maio de 2018

CORPUS CHRISTI





CORPO DE DEUS



FESTA DO CORPO de DEUS
A celebração da Páscoa marcava a noite em que o povo de Deus foi libertado da escravidão do Egipto. Jesus vai ser morto como o novo cordeiro pascal: a sua vida e morte são o início de novo modo de vida, no qual não haverá mais escravidão do dinheiro e do poder. A ceia pascal de Jesus com os discípulos recorda a multiplicação dos pães. Ela substitui as cerimónias do Templo e torna-se o centro vital da comunidade formada pelos que seguem a Jesus. O gesto e as palavras de Jesus não são apenas afirmação de sua presença sacramental no pão e no vinho. Manifestam também o sentido profundo de sua vida e morte, isto é: Jesus viveu e morreu como dom gratuito, como entrega de si mesmo aos outros, opondo-se a uma sociedade em que as pessoas vivem para si mesmas e para seus próprios interesses. Na ausência de Jesus, os discípulos são convidados a fazer o mesmo (“tomem”): partilhar o pão com os pobres e viver para os outros. A Festa do Corpo de Deus foi instituída pelo papa Urbano IV em 11 de Agosto de 1264, com vista a destacar a dimensão sacramental que a tradição romana associou à última ceia de Jesus, já celebrada na semana santa. A ceia é um momento de alegria, partilha e comunhão. Descartando a manducação do cordeiro pascal, Jesus apresenta-se como o pão que dá a vida, e o vinho que alegra a todos, inaugurando a nova celebração do Reino de Deus. A Eucaristia é a celebração da comunidade viva, animada pelo Espírito, unida em torno de Jesus, empenhada em cumprir a vontade do Pai, que é vida para todos.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA – Salmo 80, 17
O Senhor alimentou o seu povo com a flor da farinha
e saciou-o com o mel do rochedo.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor Jesus Cristo, que neste admirável sacramento nos deixastes o memorial da vossa paixão, concedei-nos a graça de venerar de tal modo os mistérios do vosso Corpo e Sangue que sintamos continuamente os frutos da vossa redenção.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.


Liturgia da Palavra


LEITURA I – Ex 24, 3-8

«Este é o sangue da aliança que Deus firmou convosco»

O Santíssimo Sacramento – o Sacramento Santo por excelência – é o sacramento do Sacrifício que Cristo ofereceu sobre a Cruz. O sacrifício significa e realiza a aliança entre Deus e o homem. Já Moisés tinha celebrado um sacrifício de aliança, que esta leitura vem evocar, aliança selada com o Sangue. Tratava-se então da aliança antiga; mas Jesus dará finalmente o Sangue da nova aliança, o seu próprio Sangue. Na última ceia, ao entregar aos discípulos o cálice do seu Sangue, Jesus há-de referir-Se àquele sangue da aliança ao dizer que o seu é o Sangue da aliança “nova”.

Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, Moisés veio comunicar ao povo todas as palavras do Senhor e todas as suas leis. O povo inteiro respondeu numa só voz: «Faremos tudo o que o Senhor ordenou». Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. No dia seguinte, levantou-se muito cedo, construiu um altar no sopé do monte e ergueu doze pedras pelas doze tribos de Israel. Depois mandou que alguns jovens israelitas oferecessem holocaustos e imolassem novilhos, como sacrifícios pacíficos ao Senhor. Moisés recolheu metade do sangue, deitou-o em vasilhas e derramou a outra metade sobre o altar. Depois, tomou o Livro da Aliança e leu-o em voz alta ao povo, que respondeu: «Faremos quanto o Senhor disse e em tudo obedeceremos». Então, Moisés tomou o sangue e aspergiu com ele o povo, dizendo: «Este é o sangue da aliança que o Senhor firmou convosco, mediante todas estas palavras».
Palavra do Senhor

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 115 (116), 12-13.15.16bc.17-18 (R.13)
Refrão: omarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor.  (Repete-se)

Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor. (Refrão)

É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias. (Refrão)

Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor,
na presença de todo o povo. (Refrão)

LEITURA II – Hebr 9, 11-15

«O sangue de Cristo purificará a nossa consciência»

A festa de hoje chama-se actualmente Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. De facto, também o sangue exprime e de maneira particularmente significativa a vida que o Senhor deu por nós, para estabelecer, de uma vez para sempre, a nova e eterna Aliança.

Leitura da Epístola aos Hebreus
Irmãos: Cristo veio como sumo sacerdote dos bens futuros. Atravessou o tabernáculo maior e mais perfeito, que não foi feito por mãos humanas, nem pertence a este mundo, e entrou de uma vez para sempre no Santuário. Não derramou sangue de cabritos e novilhos, mas o seu próprio Sangue, e alcançou-nos uma redenção eterna. Na verdade, se o sangue de cabritos e de toiros e a cinza de vitela, aspergidos sobre os que estão impuros, os santificam em ordem à pureza legal, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno Se ofereceu a Deus como vítima sem mancha, purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! Por isso, Ele é mediador de uma nova aliança, para que, intervindo a sua morte para remissão das transgressões cometidas durante a primeira aliança, os que são chamados recebam a herança eterna prometida.
Palavra do Senhor


ALELUIA – Jo 6, 51

Refrão: Aleluia. (Repete-se)

Eu sou o pão vivo descido do Céu, diz o Senhor.
Quem comer deste pão viverá eternamente. (Refrão)


EVANGELHO – Mc 14, 12-16.22-26

«sto é o meu Corpo. Este é o meu Sangue»

No sacramento do seu Corpo e Sangue, Jesus deixou-nos o memorial do seu sacrifício para que o celebrássemos em memória d’Ele, até que Ele venha no fim dos tempos. Por isso, sempre que celebramos a Eucaristia, proclamamos a morte do Senhor e renovamos a Aliança com Deus, que, na sua morte, Cristo selou em nosso favor.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava o cordeiro pascal, os discípulos perguntaram a Jesus: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?». Jesus enviou dois discípulos e disse-lhes: «Ide à cidade. Virá ao vosso encontro um homem com uma bilha de água. Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: «O Mestre pergunta: Onde está a sala, em que hei-de comer a Páscoa com os meus discípulos?». Ele vos mostrará uma grande sala no andar superior, alcatifada e pronta. Preparai-nos lá o que é preciso». Os discípulos partiram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito e prepararam a Páscoa. Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, recitou a bênção e partiu-o, deu-o aos discípulos e disse: «Tomai: isto é o meu Corpo». Depois tomou um cálice, deu graças e entregou-lho. E todos beberam dele. Disse Jesus: «Este é o meu Sangue, o Sangue da nova aliança, derramado pela multidão dos homens. Em verdade vos digo: Não voltarei a beber do fruto da videira, até ao dia em que beberei do vinho novo no reino de Deus». Cantaram os salmos e saíram para o monte das Oliveiras.
Palavra da Salvação

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor, à vossa Igreja o dom da unidade e da paz, que estas oferendas misticamente simbolizam.
Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO – Jo 6, 57
Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue
permanece em Mim e Eu nele, diz o Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor Jesus Cristo, a participação eterna da vossa divindade, que é prefigurada nesta comunhão do vosso precioso Corpo e Sangue.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.



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