Para aquela gente da Judeia,
um crime apontado pela mais alta hierarquia da religião era passível da pior
das punições – a crucificação. Se, no entanto, esta punição era, não só solicitada
pelo poder civil daquele povo, como o imputavam à responsabilidade de o fazer condenar
à entidade representante do Império, invocando um crime de subversão contra a
autoridade do imperador, transformava o crime praticado pelo inocente Jesus no
mais alto crime de que alguém poderia ser acusado e, posteriormente, punido.
Cristo foi condenado à morte
na cruz, pelo maior crime que se poderia acusar alguém, apesar de inocente.
Jesus foi condenado e morreu
pela partilha da sua natureza humana com os demais e pela partilha da sua natureza
divina consigo próprio e com o Pai, em obediência a ambos, por amor.
É esse amor o cerne da
questão, como o transmitiu, ratificando os dois maiores mandamentos: o primeiro
é amar a Deus sobre todas as coisas e, o segundo, amar o próximo como a nós
próprios.
E, mais tarde, criou, ainda,
um novo mandamento: “dou-vos um
mandamento novo: amai-vos, uns aos outros, como eu vos amei”.
Poder-se-á argumentar que
Jesus, sendo Deus, sabia que iria ressuscitar. É verdade! Mas, enquanto homem,
não poderia invalidar e evitar o sofrimento. E, porque as suas duas naturezas –
divina e humana – não são indissociáveis, abriu à humanidade as portas da
ressurreição, sofrendo, morrendo e ressuscitando… tudo isto por amor.
Todavia, como dizia o poeta, “Amor é ter, com quem nos mata, lealdade”.
Jesus é leal e cumpre.
Sem comentários:
Enviar um comentário